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Jan 30, 2024
"YAOI DE VELHO EBAAA (eles não devem ter chegarado nem nos 30 ainda)" - Julian "The goat" Lucas
Sete anos de amor
Eu acho que sete anos de amor é uma boa obra no que tange a falar sobre o efeito que o tempo tem com uma relação de um jeito que eu sempre gostei, com pequenos conflitos, que com o simples efeito do tempo tendem a desdobrar em conflitos maiores até chegar um ponto de eclosão inevitável e de certa forma, catártico. Junku e Ai estão juntos há 10 anos, e moram juntos há 7, mas nunca sequer tem anéis de aliança. Acho que isso em
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só traz um conflito bom pra história, mas o ponto focal é a relação der gay e o que vem com isso, e acho que em contraste com outro oneshot yaoi que li (Croquis), aqui, até por ser um mangá mais recente, não é é visto com tanto preconceito uma relação homoafetiva.
O problema vem justamente da relação e de ter um namorado gay ser algo internalizado por ai como algo negativo, e como isso afeta diversas partes da relação.
Algumas podem ser citadas, mas acho que a que mais eles discutem a sexual, e acho que uma das coisas que mais me fascinam em mídia em geral com personagens mais velhos é como certas coisas que parecem imediatas e urgentes na juventude vão se esvaindo com o tempo e virando coisas mundanas e especiais, como é o caso do sexo entre os dois, então entra ainda mais o fator de distância e um problema é normal de acontecer.
Isso é curioso tendo em vista o passado que os dois tiveram, tendo sido muito ativos com outras pessoas, e como isso reflete com o estado atual.
Talvez durante o encontro com seu possível amante, Junku tenha lembrado desse sentimento, mas acho que sua recusa faz sentido para o personagem que luta mais e mais pela relação e é o mais emotivo entre os dois, tanto que ele pede pelas alianças.
Acho que em muitas relações podemos ter dúvidas pelo sentido do relacionamento se não há algo tão forte e algo tão vívido a cada segundo, mas o tempo cura todas as feridas, mas também traz um senso de companheirismo gigante que eu vejo brilhando por cada canto da obra.
A arte de Youko é sem comparações, e serve muito bem pra casar com a estética mais confortável do oneshot, parece que os únicos que não querem casar são os protagonistas.
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Jan 27, 2024
"Pacing estranhamente acelerado com uma baita reflexão, é tipo um speedrun de sensatez" - Julian "The goat" Lucas
Croquis de Hinako Takanaga, acho que por se passar na faculdade, teve um impacto ainda maior em mim, por se tratar de tudo o que passa em uma faculdade de artes, mas ainda mais, me deu uma visão de como era visto homossexualidade antigamente, sendo que uma grande parte da minha experiência com esse tipo de mídia tende a marginalizar pessoal viado. Em especial a parte do Nagi se ver meio que em uma obrigação de se tornar uma pessoa trans para poder se ver digno o bastante
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de namorar um homem foi um prisma que eu nunca vi observado antes e pelo menos pra mim, parece algo bem próprio ao Japão, apesar de todas as suas liberdades em relação a gênero. Eu tendo a preferir histórias mais verossímeis em relação ao que tange uma relação gay, então ver o Nagi, alguém abertamente gay (apesar do padrão de uma parte da relação ter arquétipos femininos), ser obrigado a trabalhar em um bar gay, na verdade todas as mulheres trans de lá estão em situação de pobreza. Mas acho que o ponto focal do mangá é justamente a relação entre Nagi e Kaji, e eu acho especialmente fofo o Modo como o Kaji abertamente aceita a relação entre os dois e não tem medo de demonstrar isso, um carinho tanto que desconcerta Nagi, alguém conseguir declarar para todos, e acho que é uma história bem realista por conta disso, trazendo coisas como a pressão sexual vinda de outras pessoas, e inclusive tem uma cena dedicada a como existe essa dificuldade de pessoas trans conseguirem parceiros fixos e serem subjugados a "amantes" de outros. Acho que a arte ás vezes pode vir de contraste com os temas um pouco pesados, mas acho que isso vai ainda mais pra poder ir de encontro com o próprio mangá e o fazer mais diferenciado do que a maioria, e o pacing, por ser um oneshot é um pouco mais acelerado, mas acho que é um belo de um exemplo de como as personalidades do Nagi e do Kaji entram em conflito, com o Kaji sendo aberto a todos sobre a relação e o Nagi ter inseguranças, o que é irônico. Namorados são mesmo o tipo mais ocupado de pessoa, e acho que toda essa muitas vezes dificuldade de estar em um relacionamento gay só reforçam o intenso amor que está envolvido em cada uma dessas relações ~~~~
Sobre as outras três histórias:
Do meu primeiro amor I:
MUUUUUITO melodrama pra no final eles nem terminarem juntos e o amor perdido revelarem que é BI?!?!!?! tipo brooooo. Eu achei relativamente básico, mas sempre que tem um time forward em yaoi pra quando eles estão velhos me dá um quentinho no coração.
Um desejo para a Estrela:
Bem hit or miss, é uma bela de uma história coming of age, mas o final eu achei meio frustrante, com o interesse amoroso indo embora e não tendo nenhuma conclusão satisfatória, pra mim pareceu rushado.
Do meu primeiro amor II:
Agora simm ESSA É MUITO BOA. Quem diria que histórias a partir do ponto de vista do Seme seriam interessantes (Recentemente estou descobrindo isso com Sasaki e Miyano), mas por mais que algumas coisas sejam um pouco questionáveis que nem a cena da festa de pijamas, acho que esse final bittersweet é muito mais catártico pela visão de Kamota, por ver como tudo poderia ter dado certo.
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Nov 6, 2023
Beastars pra mim é uma série complicada de se falar.
Por um lado, o worldbuilding de Paru Itagaki é sem comparações, nos envelopando em um mundo cada vez mais vivo de carnívoros e herbívoros, estes uma óbvia alegoria da burguesia e da classe trabalhadora.
A força e verocidade da classe trabalhadora contrastando com a aparente suavidade da burguesia, podendo ser comparado inclusive em relação aos status sociais, os herbívoros sempre obtendo status altos na sociedade, porém com constante medo de serem "devorados" pelos carnívoros, uma força maior.
Essas e muitas outras discussões são feitas nesse mangá, mas ele como um todo brilha com a criatividade de Paru,
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que o cementa como um mangá clássico, porém o estilo dela se fragmenta justamente ao que tange na estrutura da história e seu pacing.
O primeiro arco do Serial Killer faz um bom trabalho de apresentar os seus personagens principais e suas motivações, tanto a de Legoshi e sua relação com Haru, quanto o Trama de Louis, o deuteragonista da história.
Toda a premissa da história pode ser centrada na relação desses dois com o problema principal: As relações interespécies (deixando de lado o nome do arco), e Legoshi e Louis conseguem trazer duas visões diferentes sobre:
- Para Legoshi, o interespécies deveria ser algo normalizado pela sociedade, algo que viria no entendimento mútuo entre as duas de coexistir, dependendo da fina linha moral que separa os carnívoros dos herbívoros de entrarem em guerra novamente (Tirando o elefante no quarto, ou melhor, a baleia).
E esse sentimento de Legoshi pode ser observado contrariado justamente desde os primeiros segundos, quando se descobre que um urso devorou uma alpaca. Toda a força de vontade necessária para que as espécies coexistam é julgado inútil desde que alguém a quebre e recomece o ciclo de novo.
Durante esse primeiro momento, o protagonista ainda deve se descobrir em meio a esses conflitos morais enquanto tenta descobrir a se mesmo, com o recente amor a haru.
Ao decorrer da trama, podemos observar a evolução disso junto com o amadurecimento deste da maneira violenta que os carnívoros levam a vida normalmente, levando tanto a problemas como fichas criminais, quanto a grande ordem por conta do beastars.
- Para Louis, o interespécies poderia ser algo normalizado pela sociedade, mas quanto mais ele tenta mudar a sociedade, mais ele vê estruturas rígidas se erguerem na sua frente, desde seu nascimento, onde ele começou em um lugar de marginalidade, e foi progredindo mais para cima na sociedade.
Desse jeito, a trajetória de Louis é muito mais ligada em tentar se libertar desse sistema dos seus próprios jeitos, utilizando das regras sociais como sua arma, enquanto Legoshi se utiliza de meios mais físicos como a violênvia.
Desse modo, podemos ver como os arcos conseguem enfrentar esses pontos de vista ao decorrer do mangá. Porém algumas instâncias parecem que vão contra as próprias ideologias dos personagens para uma cena emocionante (sim, estou falando da luta contra o urso), ou simplesmente para a progressão
imediata do plot. Com toda a trama se envolvendo nos dois personagens, e ao ver o crescimento de Legoshi durante o plot, questiona-se a falta de desenvolvimento de Louis, com sua contribuição mais significativa sendo apenas no final do mangá, quando se conclui o "embate" entre Legoshi e
Louis, de um meio que cada um consegue "lutar" do seu próprio jeito, Louis com palavras e Legoshi com Punhos, tentando os dois levar a coexistência do seu próprio jeito. Porém vemos nisso a introdução de Melon, o antagonista principal da série, que desde sua nascença coloca em cheque
a motivação dos dois, e acho que em geral a caracterização dele é muito boa, a presença e o perigo dele são eminentes a cada capítulo, mas para mim pelo menos, sua motivação é fraca, parecendo para mim um personagem muito mais bidimensional que gostaria de acreditar, mas conhecendo
o estilo cinematográfico de Paru, isso é de se esperar. Estilo esse que dá ênfase ás expressões dos personagens e a trabalhos de câmera que dão uma imersão surpreendente ao mangá, alguns de seus panels sendo os meus favoritos de qualquer mangá, mesmo que as vezes o diálogo deixe
a desejar. Desse modo, o final apressado do mangá, com a luta de Melon e Legoshi trazendo uma conclusão boa, mesmo que um pouco seca do dilema que o mundo oferece, parece o fim de um longo filme de ação, mesmo que não pareça muito realista, ainda sorrimos no final.
O lobo encontra sua coelha, e Louis consegue se aceitar como herbívoro, e apesar de todas as barreiras que possam colocar entre eles, a única coisa que consegue uní-los é o amor um por outro e pelos seus companheiros.
Data de Finalização de leitura: 01/11
Nota: 8/10
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