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Pra mim, um só estio, Potestades,
E um só outono de canções maduras,
E, satisfeito desse doce jogo,
Meu coração apronta-se a morrer.
A alma que em vida não servira às leis
Divinas no Orco não repousará;
Mas surgindo o sagrado, que me habita
O coração, sucede-me a Poesia:
Bem-vindo sejas, ó sombrio reino!
Irei alegre, embora a minha lira
Não me acompanhe. Mas por uma vez
Vivera eu como os deuses. E isto basta.
Nasce o sol, e não dura mais que um dia,
Depois da luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria.
Porém se acaba o Sol, por que nascia?
Se formosura a Luz e, por que não dura?
Como beleza assim se transfigura?
Como o gosto da pena assim se fia?
Mas no Sol, e na Luz, falte firmeza,
Na formosura não se dê constância.
E na alegria sinta-se tristeza.
Começa o mundo enfim pela ignorância,
E tem qualquer dos bens por natureza
A firmeza somente na inconstância
(Gregório de Matos)
Uma noite,
Uma noite toda cheia de perfumes, de murmúrios e de música de asas,
uma noite,
em que ardiam na sombra nupcial e úmida os pirilampos fantásticos,
a meu lado, lentamente, contra mim cingida, toda,
muda e pálida,
como se um pressentimento de amarguras infinitas,
até o fundo mais secreto de tuas fibras te agitara,
pela senda que atravessa a planície florida,
caminhavas,
e a lua cheia
pelos céus azulados, infinitos e profundos esparzia sua luz branca,
e tua sombra,
fina e lânguida,
e minha sombra
pelos raios da lua projetada,
sobre as areias tristes
do caminho se juntavam
e eram uma
e eram uma
e eram uma una sombra ampla!
e eram uma una sombra ampla!
e eram uma una sombra ampla!
Esta noite
só, a alma
cheia das infinitas amarguras e agonias de tua morte,
separado de ti mesma, pela sombra, pelo tempo e a distância,
pelo infinito negro,
onde nossa voz não alcança,
só e mudo
pela senda caminhava,
e se ouviam os latidos dos cachorros para a lua,
para a lua pálida
e o coaxar
das rãs…
Senti frio; era o frio que tinham em tua alcova
tuas faces e tuas têmporas e tuas mãos adoradas,
entre as brancuras níveas
dos mortuários lençóis!
Era o frio do sepulcro, era o frio da morte,
era o frio do nada…
E minha sombra
pelos raios da lua projetada,
ia só
ia só
ia só pela estepe solitária!
E tua sombra esbelta e ágil,
fina e lânguida,
como nessa noite morna da morta primavera,
como nessa noite cheia de perfumes, de murmúrios e de musicas de asas
se acercou e marchou com ela,
se acercou e marchou com ela,
se acercou e marchou com ela… Oh! as sombras enlaçadas!
Oh! as sombras que se buscam e se juntam nas noites de negruras e de lágrimas!
[José Asuncíon Silva]
Sim, conheci ela por causa dessa obra também!
Quem é gautr?
espero que esteja saudável magro e bem..l