Take a look at my Code Geass review.
Dê uma curtida na minha análise de Code Geass.
Link: https://myanimelist.net/profile/Tiago_Vaz_007/reviews
Below is the Portuguese version, the one in the link is in English.
Abaixo está a versão em português, a do link está em inglês.
No que diz respeito ao seu tema central, o anime aborda a filosofia da moral objetiva. É importante salientar que, logo em um dos primeiros episódios da primeira temporada, há um longo diálogo filosófico entre Lelouch e Suzaku. Diálogo o qual evidencia as ideias de Maquiavel, resumidas pela frase de "os fins justificam os meios". Dessa forma, o anime não poderia ser mais explícito sobre sua temática. Compreendendo sobre o que quer discorrer, para demonstrar ao máximo o seu ponto, o método que faz uso é o da eliminação de vidas. Sendo assim, o anime faz os personagens matarem o seu povo, seus aliados, seus amigos, suas famílias, milhões de pessoas e até a se mesmos. Em termos não literais também matam as pátrias, os sentimentos e os amores. Tudo no anime é justificado filosoficamente pelos fins, o que abre discussões e dá mais profundidade. A escolha desse tema também não é aleatória e descontextualizada, uma vez que, para o mundo da política, o livro O Príncipe de Maquiavel é o mais utilizado e relevante. Em virtude disso, um anime que se preste a ser sobre política tem que falar sobre isso, mesmo que seja altamente polêmico e incomum.
Este anime apresenta lutas com armas, armaduras robóticas de alta tecnologia, guerras de grandes dimensões, batalhas elaboradas e fascinantes. No entanto, os combates não se sustentam apenas com a ação. Os conflitos envolvem embates psicológicos com soluções estratégicas. Em virtude da temática, as ações do protagonista sofrem uma certa limitação. Pode-se supor que ele renunciará a algo e que alguém morrerá, devido à sua amoralidade pragmática elevada. No entanto, não são eventos previsíveis: exatamente o que, quando, e por quê. É importante salientar que este protagonista não é um personagem que se sobressai em tudo, que sempre vence e nunca erra. Dado que seus planos nem sempre são bem-sucedidos, isso torna o personagem humanizado, criando verossimilhança. Vários são os momentos em que o personagem é surpreendido, precisa improvisar, perde tudo, entra em desespero, trai e é traído. Além disso, mesmo com a amoralidade não sendo uma temática recorrente em animes, o mérito não está em ser sempre algo completamente imprevisível para o público, mas sim na sagacidade dos personagens, na inteligência e no maquiavelismo contra os rivais.
As principais críticas negativas a esta obra se concentram nas reviravoltas, sobretudo devido às mortes que, posteriormente, não são confirmadas. É claro que isso é um elemento de enredo que enriquece qualquer história, mas não está imune a críticas, principalmente quando utilizado em excesso. Em contrapartida, este anime oferece uma forma de compensar essas falsas baixas, apresentando inúmeras mortes que ocorrem de fato e que são fortemente impactantes. Além disso, ao despertar essas dúvidas, geram-se expectativas sobre algumas situações, deixando incógnitas, fazendo as pessoas pensarem e criarem inúmeras teorias. O que é apontado por alguns como um defeito na história, em alguns momentos dela acaba sendo o seu maior acerto.
Além disso, há críticas negativas em relação às reviravoltas por serem supostamente mirabolantes. É realmente prejudicial ter reviravoltas complexas e extraordinárias? Qual é o impedimento para que algo seja plausível em uma ficção? Apenas a própria história pode ser um impeditivo e, neste caso, não existem contradições internas. Já sobre serem mirabolantes no sentido de serem cada vez mais grandiosas, escalonar por escalonar, todo anime escalona, caso contrário o público perde o interesse. Portanto, a questão nas reviravoltas não é se são grandiosas.
Em questão de imagem, a animação é bastante fluida e bem detalhada, superior à média, mas não alcança o nível da UIfotable ou de Makoto Shinkai. Até mesmo para os dias atuais, impressionam os detalhes dos robôs gigantes, principalmente nas constantes cenas fluidas de ação. Em relação mais especificamente à arte, é da gigantesca CLAMP, feita com uma certa originalidade. A arte denota a sua inovação quando comparada com as de outros animes de robôs e militares, os quais têm traços mais quadrados. Além disso, o anime precisava de traços que expusessem suavidade, para compor uma proposta de realidade alternativa futurista e mística. O que mais impressiona, é que ficção científica tem potencial de deixar tudo datado absurdamente rápido, mas Code Geass por conta de seu espetacular trabalho de arte praticamente não envelhece.
Uma das características mais marcantes desse anime é a sua trilha sonora. Não é necessário se quer assistir esse anime, basta apenas ouvir as suas músicas para ser consumido por emoções. É esplendoroso como consegue mexer com os ouvintes, produzindo sentimentos tanto de tristeza, como de euforia. Dentre as inúmeras músicas sensacionais, as mais destacadas são: Innocent Days, Stories, Continued Story e Madder Sky.
As aberturas e encerramentos de episódios são excelentes, com grande destaque para o fenomenal último encerramento de episódios. Este último encerramento é um dos momentos mais artísticos e simbólicos da obra. Além de possuir uma melodia fascinante, a música deste encerramento tem uma letra que, se analisada com mais atenção, revela o quanto a obra se envolveu com o seu tema.
Com relação aos personagens, diversos são muito carismáticos e conseguem conquistar o apego do público quase de imediato. No entanto, o protagonista Lelouch não é notável por ser naturalmente extremamente carismático, mas sim por, apesar de ter todas as características de um vilão, ainda assim conseguir desenvolver carisma. O mérito é ainda maior por Lelouch ter sido transformado em uma espécie de anti-herói, apenas por rivalizar com iguais, e não com vilões. Por norma ninguém odeia protagonistas, e anti-herói é aquilo que somos ou temos medo de ser. Entretanto, é admirável como este anime consegue fazer o público desenvolver empatia e torcer por alguém que representa não somente um anti-herói, mas o cúmulo da amoralidade. Dessa forma, demonstra-se ser um trabalho de excelência na escrita.
Os méritos da trama em relação ao seu protagonista ficam ainda mais evidentes, quando analisamos que as motivações de Lelouch não são nobres, que os métodos são terríveis e que os objetivos são questionáveis. Há muito mais nele de vilão do que de herói. É alguém que como o seu pai e seu irmão não têm empatia, ou tem um pequeno grau de empatia seletiva, o que é a definição de psicopatia. O anime faz o público ter empatia por quem não tem empatia, o que é fabuloso. Também é bastante realista, uma vez que a política tem, comprovadamente, um ambiente que tende a atrair psicopatas. Ademais, não me identifico com Lelouch, não agiria da forma como ele agiu, discordo fundamentalmente dos princípios dele, mas chorei com seu destino.
Em relação aos adversários, esqueçam a palavra vilão, uma vez que nesta história não há vilões nem heróis, apenas um protagonista e diversos antagonistas. Todos os principais personagens desta obra são anti-heróis. O que mais impressiona neste anime, é que os rivais Lelouch, Charles e Schneizel, não divergem quanto a filosofia, aos meios e nem dos objetivos. Dessa forma, o que nos leva a torcer para um e não para o outro, não são as diferenças, ou questões lógicas, mas tão somente porque a trama é vista pela perspectiva do Lelouch.
Apesar de Lelouch, Charles e Schneizel terem objetivos semelhantes, há nuances entre eles e isso é uma das características mais esplendorosa do trabalho de criação de personagens neste anime. Eles diferem em algo muito profundo, que é a visão pautada no passado, no presente e no futuro. Isso é extraordinário, esplendido, rico, pois o autor transcendeu a proposta filosófica inicial, dando uma profundidade dentro de seus personagens de algo que dificilmente alguém veria nessa filosofia. Portanto, não é pretensioso afirmar que este é um trabalho visionário.
Outro personagem relevante é o Suzaku, uma vez que é o mais próximo que temos de um herói neste anime, mas que tem as suas mãos sujas e é um antagonista na maior parte do enredo. Genial pegar um nítido quase herói e transformar em antagonista, enquanto faz torcemos para um nítido quase vilão. Isso aumenta significativamente a dificuldade de escrita e devem ser reconhecidos os méritos do roteiro. Além disso, o que diferencia Lelouch de Suzaku não são as visões, nem os objetivos, nem os métodos. Os dois compartilham da mesma filosofia. Os personagens se diferenciam apenas pelos seus caminhos, o que é uma brilhante forma de criar um rival.
Em relação a CC, a qual é a coprotagonista, apesar de não ser a principal do anime, ganhou o Anime Grand Prix, o Oscar da animação, por dois anos seguidos na categoria prêmio de melhor personagem feminina de animes. Destaque, ganhou competindo com outras personagens que eram as principais em seus animes. É uma personagem enigmática, que mesmo tendo bastante do seu passado desenvolvido, o suficiente para não sentirmos muito, termina com muitos mistérios não revelados. Outro ponto relevante é quando ela, devido a um determinado evento, fica fragilizada, se tornando cômica e muito mais carismática.
Code Geass é um dos raríssimos animes com um final peculiar para os seus personagens, algo corajoso, e nenhum pouco conveniente. São tão raros os animes que seguem finais de personagens com rumos semelhantes a esse, que se conta nos dedos quantos são assim, e menos ainda os que conseguem agradar. Facilmente é possível encontrar na internet um dos muitos vídeos de pessoas assistindo o último episódio. As reações variam desde gritos histéricos até crises de choro incontroláveis. O episódio final é simplesmente o melhor de todos os finais de animes.
Sem dúvida, com o seu protagonista, o episódio final tem a parte mais emocionante do anime, mas é preciso ressaltar que não é a única parte boa. Outros personagens como Shirley, Jeremiah, Nunnally, Anya e Rolo tem cenas marcantes que produzem fortes emoções. Destaque também para alguns desses personagens por facilmente fazerem as pessoas mudarem muito de opinião em relação a eles.
Apesar de todos os elogios merecidos, de que com certeza é uma obra-prima, e de que em alguns pontos seja mais que espetacular, ainda é um anime feito por seres imperfeitos e que contém algumas pequenas imperfeições. Nessa questão de problemas, um ponto que precisa ser mencionado é o começo da segunda temporada, pois tem um início um tanto confuso que pode não agradar muito. Embora seja uma confusão proposital, a qual é posteriormente explicada, servindo para ter revelações que instiguem, até que o enredo se desenvolva mais e acelere o ritmo.
Por fim, existem vários picos que entusiasmam, que tanto quanto mais próximo do final, mais constantes são esses picos e mais impossível é parar de assistir. Vale mencionar também que entusiasma bastante acompanhar a evolução dos robôs, a rivalidade envolvida na sua produção, bem como o visual e o poder que apresentam.
TV: Jujutsu Kaisen 2nd Season — Entendo porque essa obra fez sucesso, pois é direcionada a demografia shounen e quando saiu a primeira temporada desse anime fazia muito tempo que não lançavam uma obra mais centrada nesse público. A primeira temporada do anime tem algumas cenas de ação bem animadas e personagens com presença de palco. Já nessa nova temporada o Gojou de óculos é interessante e falam que esse é o melhor arco da obra. Entretanto, estou muito tentado a não assistir, porque não apreciei muito a primeira temporada do anime, e nessa segunda os designs estão aquém da primeira. Ademais, a história é muito vazia, tem momentos que se arrastam, a premissa é absurdamente inverossímil com coisas que considero repulsivas.
Mushoku Tensei II: Isekai Ittara Honki Dasu — Com certeza, se Deus permitir, irei assistir e espero que entreguem algo ótimo, mas a maior porção do que deverá ser adaptado (arco da escola de magia) é o que menos gostei da obra. Além disso, não sei qual vai ser o ritmo que o diretor dará, não sei quantos episódios terá, saíram boatos que essa temporada será dividida em três partes. Mesmo a temporada prometendo ser morna na maior seção, garanto que se o final de temporada for o que imagino, terá um clímax tão perfeito, tão extraordinário, tão sensacional, que não consigo comparar com nada na animação japonesa, nem antes, e provavelmente nem depois disso. Ademais, vale destacar a mudança de diretor que deixa uma insegurança se ele será capaz de adaptar com maestria o ponto mais alto e o ponto mais baixo da obra.
Masamune-kun no Revenge R — Muito tempo se passou para acompanhar uma sequência, já são seis anos e três meses desde que terminou a primeira temporada, logo é preciso assistir tudo novamente. Sei que o anime recebeu muito ódio (bem desproporcional para as suas falhas), mas gosto dessa obra por conta da premissa e de alguns personagens. A questão é que se trata da mesma equipe, do mesmo diretor, do mesmo estúdio, portanto, na essência devem repetir os mesmos acertos, e os mesmos erros. A primeira temporada começou bem, depois ficou morna, elevou-se com um arco 10/10 da Neko, só para em seguida vim um arco final decepcionante e um novo personagem detestável. Em suma, o que espero é alguns momentos memoráveis que fazem valer muito assistir, em meio a outros tantos com falta de tato da direção. Pelo menos com o trailer é possível presumir que houve mais capricho visual, ou seja, uma melhora na produção.
Bleach: Sennen Kessen-hen - Ketsubetsu-tan — Nunca assisti nenhum episódio de Bleach e não será nessa temporada que começarei. Tudo o que posso dizer é que a temporada anterior teve uma recepção ótima e apostaria que essa também terá.
Kanojo, Okarishimasu 3rd Season — O problema é que não sabemos até onde vão adaptar, mas é possível chegarem no melhor arco da trama, no arco dramático, onde todas as coisas se encaixam e tudo que parecia estranho fica bem verossímil. Para quem ainda não está convencido de que essa obra é boa, talvez vá mudar radicalmente de ideia, e para quem acha o anime bom, vá ler o mangá que é anos-luz melhor. Tem muita coisa no anime mudada e cortada. No mais, para quem acha que no Japão não existe isso: https://www.youtube.com/watch?v=7RlmZ-ywgyg
Horimiya: Piece — Ficaram algumas pontas soltas que podem ser fechadas nessa temporada, pois irá adaptar arcos que foram suprimidos, mas no geral a impressão será que estaremos vendo um sinp-off ou um fanservice. Apesar de admitir que o anime de Horimiya foi ótimo, ver essa nova temporada quando já vimos o meio, o início e o fim da história, não é nenhum pouco estimulante. Sugiro deixarem esse em espera, observar a recepção do público, ver as críticas, e só depois decidir se vale ou não o seu tempo de assistir.
Bungou Stray Dogs 5th Season — Tem um dos poucos trailers desta temporada que destoa e que chama atenção, mas eu não assisti nenhuma das temporadas anteriores e não começarei da quinta.
Zom 100: Zombie ni Naru made ni Shitai 100 no Koto — Adorei a premissa dessa obra e gostei muito do trailer, mas eu tenho um pé atrás porque o mangá não é tão bem avaliado. Por isso esse é o tipo de anime com um potencial estrondoso, mas que só pode dar certo se colocado nas mãos certas, de pessoas talentosas, de gente que queira investir, e principalmente de uma equipe que não tenha medo de arriscar inovando, melhorando o material original. O BUG FILMS é um estúdio novo o qual a única obra que tem é essa, será que está nas mãos certas? O diretor Kazuki foi quem dirigiu Komi-san, mas também foi o único anime além desse que dirigiu. Estou sentindo que pode dar muito ruim. Mesmo assim, essa é a minha maior aposta da temporada entre os novos animes.
Suki na Ko ga Megane wo Wasureta — Visualmente tudo está muito detalhado, tudo é muito belo, muito bem animado, superior aos demais animes desta temporada. A princípio parece que está esbanjando animação de ponta em uma proposta que em tese nem demandaria tanta necessidade de ser tão bem feito. Como muitos farão só pela animação daria uma chance para essa obra, mas eu fui ver o mangá e está com nota acima de oito. Isso me deixou animado, porque não parece que estão realmente esbanjando em algo que talvez possa dar certo, mas a boa animação é fruto de algo que eles acreditam piamente que vai dar certo.
Watashi no Shiawase na Kekkon — Gosto da premissa dessa obra, mas sinto que é daquele tipo que precisa de um cuidado especial no desenvolvimento e me preocupa o mangá não está melhor avaliado. Estou em dúvida se aposto nessa obra no evento do MAL ou mesmo se me arrisco a assistir. Logo, o que indico é que esperem ver as impressões iniciais de críticos, até porque esse diretor é bem inexperiente e a única outra obra que dirigiu foi um anime de um minuto por episódio.
Hataraku Maou-sama!! 2nd Season — Estava tão ansioso, com grandes expectativas, mas foi de chorar de tanta decepção a primeira parte dessa segunda temporada. Ver essa segunda parte com o mesmo estúdio, com o mesmo diretor, com a mesma equipe, e acreditar que vão fazer algo que vala realmente nosso tempo, é mais fácil esperar um milagre. Tem algo dentro de mim de nunca desistir, em querer ver continuações para saber como terminará a história, mas às vezes em prol de uma sanidade é bom não continuar. Só pego para assistir se muitos estiverem dizendo que é bom nas impressões iniciais que vão sair.
Shinigami Bocchan to Kuro Maid 2nd Season — Não assisti a primeira temporada, não me convenceu na época e continua sem me convencer hoje. Curto melodramas, mas tem algumas propostas focadas somente nisso que me parecem piegas demais. Ademais, sou bastante averso a personagens antropomórficos (Zain) e a produção do anime não me parece das melhores.
Liar Liar — Pelo que li da sinopse é um Kakegurui mais infantilizado e sem graça. No lugar de violência, de coisas mais adultas, tem um ecchi fraco com loli. Não, somente não, não vou ver isso aqui não, não mesmo.
Nanatsu no Maken ga Shihai suru — Os primeiros filmes de Harry Potter (Harry Potter e a Câmara Secreta; e Harry Potter e a Pedra Filosofal) apreciei um pouco, mas não sou nenhum um fã dessa franquia, e detesto muitas das coisas da sua premissa. Pior do que Harry Potter, só pode ser um cosplay japonês disfarçado de anime.
Rurouni Kenshin: Meiji Kenkaku Romantan (2023) — Essa obra é fantástica e foi tremendamente oportuno fazerem um remake, porque nunca foi adaptado tudo e o anime dos anos 90 não envelheceu bem, no sentido de conseguir ganhar um novo público. Os animes antigos eram gigantescos, nessa época o ritmo da trama era lento e isso não funciona para os tempos atuais. Dito isso, também fico bastante receoso por conta de outros remakes que compactaram a trama demais e não foi bom o resultado. Também tem aqueles supostos remakes que eram reboots e por serem vendidos da forma errada só causaram frustação. Certeza do que vão fazer e de como será a recepção, ninguém sabe, mesmo assim é para ficar muito esperançoso, querer assistir e indicar. Se Deus permitir certamente irei assistir, mas é uma grande dúvida se vai explodir de sucesso e se devo colocar como aposta no jogo do MAL.
Eiyuu Kyoushitsu — Mistura de escola de magia em um mundo fantasioso, com dinâmicas de RPG e um herói tendo a aparência masculina da Cruella de Vil. O que poderia dar de errado com uma mistura genial dessas? Nem o ecchi salva, porque é aquele sem graça com vergonha de ser ecchi. Só passem longe disso, não percam seu tempo e mantenham a sanidade.
Uchi no Kaisha no Chiisai Senpai no Hanashi — Primeiramente vou falar dos pontos positivos, pelo trailer os personagens parecem carismáticos, o anime visualmente está bonito e o romance aparentou ser bastante agradável. Entretanto, já tem muito tempo que quase toda temporada tem um romance de personagens adultos com uma protagonista baixinha e peituda. Tem muitas pessoas que falam dos isekais genéricos que aparecem toda temporada, mas encaro muito mais fácil um isekai assim do que o romance da baixinha peituda. Se for uma pessoa que está começando agora a ver animes, pode assistir esse sem problema, mas se for uma pessoa que pega esse tipo de anime toda temporada, está precisando de tratamento.
Shiro Seijo to Kuro Bokushi — Os desenhos dos personagens até que estão bonitinhos, mas os cenários são bem genéricos, e não teria escolhido essa palheta de cores. Pelos trailers também dar para esperar pouquíssima fluidez, ou seja, baixa produção. Ademais, não curto muito esse fetiche com sacerdotes católicos, porém o problema em se nem vai ser esse, e sim que vão puxar o romance mais para um lado cômico. Para essa obra ter êxito, tem que ter pitadas de alívio cômico, e não ser cômica como parece que será. Para completar, é o primeiro trabalho desse diretor na função de diretor de um anime.
Jidou Hanbaiki ni Umarekawatta Ore wa Meikyuu wo Samayou — O que esse autor bebeu para achar que era uma boa ideia fazer uma obra sobre isso? Se bem que às vezes aparece um anime tão ruim, mais tão ruim, mais tão ruim, que se torna bom de tão hilario que fica. No entanto, vade retro maquina possuída.
Yumemiru Danshi wa Genjitsushugisha — Já faz tanto tempo que coloquei esse anime na minha lista de planos para assistir, que nem lembro exatamente por qual foi o motivo. Talvez tenha sido porque não tinha muitos romances para ver nessa temporada, ou por eu gostar da proposta de um protagonista inseguro fazendo par romântico com uma menina de mais atitude. Pelo menos tenho certeza que gostei muito dos banners, mas infelizmente as imagens do trailer não estão tão bonitas quão. No mais, fico feliz que ao menos é um romance escolar com personagens um pouco mais velhos do que os que tem saído nas últimas temporadas (Boku no Kokoro no Yabai Yatsu; Kubo-san wa Mob wo Yurusanai).
Level 1 dakedo Unique Skill de Saikyou desu — Tensei/isekai do protagonista “fracote” que forma um harém com uma habilidade muito poderosa, a qual o torna praticamente invencível sem evoluir de nível. A proposta não parece de todo mal, tem coisas atrativas nela, o problema é que em outros sentidos parece comum e o trailer mostra que visualmente o anime é normal. Queria dizer pelo menos para quem tem poucos animes que arriscasse nesse aqui, mas eu vi que o mangá é muito mal avaliado, tendo uma nota de seis e meio.
Jitsu wa Ore, Saikyou deshita? — Outro tensei/isekai com o protagonista apelão, mas com o diferencial no drama, onde o principal foi abandonado bebê pelos seus pais para morrer, pois o achavam impotente. Já o trailer está mais ou menos, talvez mais para menos do que para mais, o que não empolga muito em querer assistir. No mais, o maior problema de apostar nesse anime é que o mangá dele também é mal avaliado.
Sugar Apple Fairy Tale Part 2 — Não assisti a primeira parte, não vou começar a ver da segunda.
Dark Gathering — O anime tem um ótimo trailer, tanto que por alguns instantes eu realmente acreditei que poderia surgir um anime de terror que seria bom genuinamente pelo seu terror. O que me fez desacreditar um pouco nisso, foram os olhos de caveira de um dos personagens. Só não vou arriscar em assistir porque não curto esse gênero, e não que não creia que possa ser bom.
Higeki no Genkyou to Naru Saikyou Gedou Last Boss Joou wa Tami no — O anime da protagonista que reencarna na vilã de um game. Já vimos essa história recentemente em Akuyaku Reijou e Otome Game. Mesmo assim achei algumas coisas bem cativantes no trailer, porém pelo menos a princípio talvez não sejam o suficiente para poder oferecer uma chance, tendo em vista ser uma temática repetida. Outros pontos de ressalvas são: não gostei de alguns desenhos de personagens e se trata do segundo anime desse estúdio.
Helck — O qual a tradução é inferno, mas que só consigo pensar em Hércules, talvez seja por isso que o anime não está sendo tão bem aguardado. Outro ponto é que o trailer demonstra uma produção um tanto genérica. Contrariamente as expectativas que estão tendo do anime, o mangá é muito bem avaliado e a sinopse mostra que a obra contém um suspense cativante. Ainda assim provavelmente não vou apostar nesse anime no jogo do MAL, pois mesmo que cresça muito em popularidade ao longo da temporada, começando com tão poucos membros vai demorar bastante para subir. Além de tudo, estou com muitos animes para assistir, logo só vou pegar esse se as críticas depois da estreia forem muito positivas.
Ryza no Atelier: Tokoyami no Joou to Himitsu no Kakurega — Dados: não dar para dizer nada com a sinopse desse anime; já o trailer é bem bonitinho, mas não comunica muito sobre o que é a trama; o mangá também não tem uma avaliação no MAL. Só com isso fica muito difícil dizer se vai ser bom e parece um tiro no escuro apostar nesse trabalho. Fatores tangenciais que foram decisivos em me fazer não o pegar, é por ser literalmente a primeira coisa que o diretor faz nessa indústria e o estúdio não inspirar muita confiança.
Undead Girl Murder Farce — O trailer está ótimo, e a proposta da obra de investigar a morte da esposa de um vampiro, de ser um anime sobre detetive de monstros, são coisas interessantes. Entretanto, uma cabeça falante presa em uma gaiola ser um dos principais personagens, isso me gera uma repulsa. Eu acredito que esse anime vá crescer nessa temporada, porém não serei um dos que acompanharão.
Genjitsu no Yohane: Sunshine in the Mirror — O que já podemos saber: o mangá é totalmente desconhecido; o anime ainda não tem sinopse e a do mangá não diz muita coisa; o primeiro trailer está bem estático, o segundo melhora, mas é nítido que não será uma grande produção. Tudo indica que é um anime de garotinhas, para garotinhas, contando mini aventuras em uma cidade litorânea. Parece um tiro no escuro, em um lugar enorme, com poucos e pequenos alvos. Baixa probabilidade de ser bom, vou pular.
Seija Musou: Salaryman, Isekai de Ikinokoru Tame ni Ayumu Michi — Mais um tensei/isekai da temporada, sendo que esse parece mais genérico do que os demais, com uma produção mais baixa e uma animação menos fluida. Acho que não preciso dizer mais nada.
Temple — Uma comédia romântica, com um ecchi bem leve e um harém. O real diferencial desse anime não é nem por ser ambientado em um templo, mas sim por tocar no tema solidão, que mais do que nunca é atual, principalmente na sociedade japonesa. No mais, não acredito que vá ser um sucesso da temporada, porém assistiria de bom grado se eu acreditasse que o romance realmente avançaria, e que o ecchi não seria genérico.
Dekiru Neko wa Kyou mo Yuuutsu – Tenho uma aversão a antropomorfismo e um gato gigante, gordo, vestido com uma roupa de empregada não ajuda. Tirando essa estranheza que tira a imersão da obra, gosto de gatos. Além disso, que trailer lindo, detalhado, fluido, até o 3D está fantástico. Vai ser um desperdício enorme esse anime não fazer sucesso. Pois proposta de animes de vida cotidiana geralmente só tem êxitos com um drama forte para cativar.
Okashi na Tensei — Mais outro tensei/isekai, ao que parece o autor queria fazer um anime sobre um confeiteiro, mas não tinha muito mais ideias do que isso e jogou o confeiteiro num isekai para ver se fazia sucesso. Vejo grande potencial na fórmula isekai, mas até eu que gosto disso tenho que admitir que já deu, está sendo explorado de uma forma preguiçosa, saturada e mercadológica sem necessidade alguma.
AI no Idenshi – Madhouse já foi sinônimo de qualidade, mas já faz um tempo que só de ler esse nome me dar uma tremedeira nas pernas, pior do que isso só Toei. Não tem suspensão da descrença que consiga funcionar com desenhos genéricos e pouco detalhamento numa proposta de ficção científica futurista, a qual exige uma alta qualidade de animação. Foi um tiro no pé da Madhouse aceitar fazer um anime com desse tipo na sua atual situação. Outro ponto que não funciona comigo são personagens com desenhos bem jovens ocupando posições de pessoas eruditas. Eu sei que isso é para tentar alcançar um público mais jovem pela identificação, mas exceto que a obra seja tematicamente muito fantasiosa a verossimilhança passa longe e me tira da imersão. A única coisa boa que consigo ver nesse trabalho são algumas críticas que se propõe a fazer como o papel das inteligências artificiais na sociedade e a questão de memórias substituídas. Para finalizar odiei a cena do trailer com o astro boy indo assistir aula.
Spy Kyoushitsu 2nd Season — Não assisti a primeira temporada e não vou começar pela segunda. O que espanta é que a primeira temporada foi lançada no início deste ano, e essa segunda está com um baixíssimo número de pessoas esperando. Surpreende ainda mais porque o diretor é bom e a light novel não é tão mal avaliada. Ainda assim a primeira temporada deixou uma péssima impressão sobre a obra.
Mononogatari 2nd Season — A primeira temporada não foi terrível, mas não passou de um legalzinho. O estímulo para continuar obviamente é baixo, sinto que se fizer isso possivelmente vou me forçar a ver episódios, mas talvez eu consiga arranjar coragem a fim de saber como a história acabará. Pois, têm alguns mistérios com romance que estavam sendo desenvolvidos, salva-se alguma coisa nessa trama.
Ayaka — É uma obra original, ou seja, tem que confiar que o estúdio que fez pouca coisa e quase tudo foi ecchi com lolis, vá fazer algo bom com uma obra de fantasia com mistérios. Para aumentar a confiança, o diretor é o mesmo do infame Happy Sugar Life. Pelo menos o trailer não está ruim, os desenhos de personagens são bonitos, nisso são especialistas né. Lendo a sinopse também reconheço que tem algumas boas ideias nessa proposta, mas como serão desenvolvidas é preciso uma fé que não tenho.
Synduality: Noir — Não vou dizer que foi o pior 3D que já vi, tem muitos piores que esse, mas está muito feio e atualmente não tem como deixar passar isso. O que mais posso falar é que se trata de uma adaptação de um jogo, que não joguei e nem se quer sabia da existência. Além disso, olhando só para a sinopse parece algo bom que está sendo mal produzido.
Lv1 Maou to One Room Yuusha — Duvido muito que vá fazer um grande sucesso, mas acredito que deva valer a pena se objetivo for ver apenas algo cômico como distração.
BanG Dream! It's MyGO!!!!! — Esse anime faz parte de uma franquia multimídia da “BanG Dream”, a qual detém muitos outros títulos de animes com a mesma temática musical, que servem mais para promover jogos, músicas, bandas, etc. Às vezes aparece um anime diferente com idols que aprecio, mas os mais típicos que são muito focados na música tenho bastante antipatia. Gostaria de saber mais sobre a proposta desse anime, porque tem um ambiente escolar no trailer, porém não tem como saber quando não existe uma sinopse e é uma obra original. Além disso, a obra faz parte de uma franquia que as tramas são separadas.
Yami Shibai 11 — Décima primeira temporada de um anime que não assisti nenhuma das dez primeiras. Não sei se é bom, não sei se é ruim, tudo que sei é que é um anime de terror de poucos minutos por episódios e que não vou começar a assistir agora.
Cardfight!! Vanguard: will+Dress Season 3 — Não via a primeira, nem a segunda temporada. Se bem que a primeira é a terceira, e a segunda é a quarta, e a terceira é a quinta temporada. Tem também uma sexta e uma sétima previstas para o ano que vem, uma oitava e uma nona previstas para 2025, mas não me perguntem qual temporada de fato elas são. Não vi as temporadas passadas, mas deu para ver que a franquia é um clone de Yu-Gi-Oh. Coragem de ver Yu-Gi-Oh não tenho mais, quanto mais o clone. Independente de mim, tem público para isso e cartas vendem.
Hyakushou Kizoku — Anime de cinco minutos sem muita trama, apenas para passar uma mensagem positiva e educativa sobre a vida agrícola. Não vou assistir.
Shadowverse Flame: Seven Shadows-hen — É a Terceira temporada de um anime que juntando às duas primeiras dão 98 episódios de 24 minutos. A primeira temporada tem 14.969 membros e 48 episódios, a segunda tem 5.353 membros e 50 episódios. Um investimento gigantesco principalmente tendo em vista a animação que usaram. Não sei como tiveram a ousadia de fazer uma terceira temporada com essa baixíssima popularidade, mas fizeram. Além disso, resumindo do que se trata, é um anime bem infantil que mistura Digimon, Pokémon e Yu-Gi-Oh. Por que animes assim existem? Com certeza não é por público, na minha opinião deve ser contrato com televisões.
Ikimono-san — Um clássico cult que tem episódios de um minuto. Vi o trailer de quase 40 segundos do protagonista se esfregando com um cachorro. É nesses momentos que tenho vontade de perder a compostura e dizer uns impropérios.
ONA:
Hanma Baki: Son of Ogre 2nd Season — Segunda temporada que, na verdade, é a quarta, e se considerarmos a série clássica é a sexta. Eu só assisti a primeira temporada da série moderna, logo tenho que assistir pelo menos as outras duas para ver essa. A temporada que assisti gostei, mas senti que a fórmula estava se esgotando no final e talvez não vala a pena ver sequências.
Kengan Ashura Season 2 — Não assisti as outras temporadas, é isso mesmo outras, segunda temporada é só nome. Eu vi o trailer de algumas temporadas, pois ainda não tem da atual e basicamente é uma versão de Baki mais fraca com um 3D de doer os olhos.
Shuumatsu no Walküre II Part 2 — Não vou comentar nada, vou só rir sozinho.
Tonikaku Kawaii: Joshikou-hen — A segunda temporada não está sendo boa, não foi pelo caminho que deveria ter ido e não acredito que essas ONAs possam mudar.
Bastard!! Ankoku no Hakaishin Season 2 (ONA) — Com certeza o anime que estou mais aguardando de toda a temporada, tenho altíssimas expectativas.
Nanatsu no Taizai: Ensa no Edinburgh Part 2 — Pensar que tive audácia de assistir todas as temporadas de Nanatsu no Taizai. Para que isso existe mesmo?
Kyoukai Senki: Kyokkou no Souki — Continuação de um anime de mecha com Pokémon que não vi o primeiro e que não vou ver.
Youjo Shachou R — Continuação de um anime de comédia de três minutos por episódios que não vi o primeiro.
Minhas cinco apostas para a temporada spring 2023.
Ativos:
• Kono Subarashii Sekai ni Bakuen wo!
• Tonikaku Kawaii 2nd Season
• Mashle
• Yamada-kun to Lv999 no Koi wo Suru
• My Home Hero
Banco:
• Kimi wa Houkago Insomnia
• Boku no Kokoro no Yabai Yatsu
• Yuusha ga Shinda!
Extra:
• Tengoku Daimakyou
Kono Subarashii Sekai ni Bakuen wo! – O nome kono Suba é muito forte e a Megumin é muito popular, por isso para o mal ou para o bem será muito comentado. Vou assistir e estou torcendo para que seja bom, mas tenho serias dúvidas se a Megumin sozinha, sem o restante dos principais de kono Suba, será o suficiente para sustentar essa obra.
Tonikaku Kawaii 2nd Season – Quem o ama, o ama, quem não gosta só lamento. É uma obra riquíssima pelas inúmeras referências ao conto do Cortador de Bambu, que é a mais antiga narrativa japonesa existente e da qual deriva a lenda que deu o nome ao Monte Fuji. Tonikaku é um romance belo com raízes lendárias, que oferece novas perspectivas, novas reflexões e uma continuação ao conto do Cortador de Bambu.
Mashle – Harry potter e One punch man fizeram sucesso, tem suas legiões de fãs, e certamente Mashle por fazer uma fusão das duas obras vai receber toda a boa vontade de um grande público. No entanto, não sou fã de Harry potter e estou descrente que One punch man possa ser copiado com a mesma qualidade. Vou apostar nesse, mas não estou com a mínima vontade de assistir.
Yamada-kun to Lv999 no Koi wo Suru – Uma aposta perigosa, o estúdio é o Madhouse, o mangá não é popular e nem tão bem avaliado. A premissa tem algo que parece interessante, mas também tem problemas e desconfio que será difícil levar o anime por doze episódios, mantendo elevado o interesse na obra. Estou apostando porque souberam vender, garantindo um bom público inicial, e também o anime não parece que será um desastre de ruim. Por último, tem um público considerável que curte muito um romance de otaukus mais velhos e introvertidos.
My Home Hero – Sou um grande admirador do finado Tezuka, mas não aprecio muito as obras em termos de qualidade de produção do estúdio que leva o seu nome. Essa é a minha única ressalva, porque se depender somente da trama será um sucesso garantidíssimo.
Kimi wa Houkago Insomnia – Sendo bem honesto, não estou nenhum pouco interessado em assistir essa obra, a sinopse não me vendeu. No entanto, tenho que admitir que o trailer está espetacularmente lindo, os personagens parecem carismáticos e os designs têm traços mais puxados para o realismo japonês. O ponto definitivo para colocar essa obra entre as possíveis apostas, é que o mangá é muito bem avaliado e consideravelmente popular.
Boku no Kokoro no Yabai Yatsu – Estou saturado de romance escolar com vida cotidiana. As obras precisam ter um diferencial, uma problemática, algo que não seja tão comum no dia a dia, algo que possa cativar o interesse. Esse anime é sobre um psicopata que quer matar seus colegas, mas que muda por se derreter pela gata mais gata da turma e de fato a personagem tem designs bonitos. Parece que a problemática já está resolvida na sinopse, logo não tenho muito interesse. Contudo, vou apostar e talvez assistir porque o mangá é muito bem avaliado e popular. O anime também está tendo hipe e sendo bem promovido. Além do que não tem muitos concorrentes a altura nessa temporada.
Yuusha ga Shinda! – Curti muito a música e a parte cômica que vi no trailer. Acredito que a fórmula de fazer uma paródia escrachada com fantasia, ação e ecchi é acertadíssima. Isso deveria ter sido mais enfatizado no trailer e na sinopse. Para ser melhor vendido, precisava de menos coisas como: os traços genéricos em cenários; e o fazendeiro de anime típico de temporada. Por isso acredito que essa obra deva começar atrás de muitas outras tantas, mas que tem uma tendência de subir muito por conta do boca-a-boca com o passar dos episódios. Minha maior aposta, que possivelmente será a surpresa da temporada, quem sabe do ano.
Tengoku Daimakyou – Acho que esse tem um bom potencial e até o último momento estava dentro da minha lista de apostas, mas tem um limite de animes que posso apostar e escolhas precisam ser feitas. A escolha foi mais por conta que esse gênero e essa demografia tendem a ser menos populares. Com essa proposta, para ficar realmente bom, precisa de um considerável investimento em produção e um tato apurado para saber o tom certo a ser dado, coisas que não estou tão confiante que terá.
De antemão quero deixar claro que esse texto é totalmente respeitoso com o Ig0y e com a sua religião. São apenas as minhas opiniões conforme os argumentos apresentados no vídeo dele.
Também preciso dizer que já o convidei para uma conversa em dezembro, a fim de compartilharmos os nossos pensamentos sobre esse tema. Ele deu uma desculpa que não poderia fazer isso naquele momento e propôs que eu fizesse um texto, que me indispus na época a escrever pois como o informei seria um longuíssimo texto. Como o tema novamente se tornou polêmico, mudei de ideia e decidi colocar alguns dos meus pontos reagindo ao novo vídeo dele. O Ig0y tem o direito de não querer ter uma conversa comigo, como também está no meu direito reagir ao vídeo dele e dar minhas opiniões sobre esse tema de forma saudável, sem agressões.
Quero deixar registrado que tudo que estiver nesse texto o diria pessoalmente. Portanto, se o mesmo achar necessário e quiser em outro momento conversar por call não recusarei.
Para contextualizar, antes de entrar nos tópicos propriamente do vídeo, a polêmica ocorre pelo uso do Ig0y em suas redes sociais da manji (suástica). Certamente quando ele colocou esse símbolo já sabia que causaria polêmicas, sendo irreal achar que o mesmo não provocou a discussão. Com isso não estou dizendo que a culpa é da vítima, mas convenhamos que se colocar em situação de vulnerabilidade é no mínimo de uma estúpida irresponsabilidade. Não acredito que o Ig0y seja uma pessoa ingênua, logo ele sabia que pessoas começariam a fazer certos comentários, sendo assim estava buscando que algo desse tipo acontecesse. Fazendo uma analogia, é como alguém que entra em um estádio de futebol vestindo a camisa do Palmeiras no meio da torcida organizada do Coríntias, alegando que aquela camisa tem outro significado.
1. Tokyo Revengers.
Em um determinado momento do vídeo, quando o Ig0y tenta argumentar que não provocou a discussão, ele cita esse anime Tokyo Revengers. Não é um ponto muito relevante para os argumentos dele, mas acho importante pincelar um pouco sobre essa obra, porque a mesma também se envolve em polêmicas por conta do uso da suástica.
Toda obra passa mensagens, quase sempre intencionais, algumas bem explicitas, outras subliminares, e todas com conhecimentos e valores. Tokyo Revengers passa algumas mensagens negativas, muito menos pelo uso propriamente dito da suástica, e muito mais por conta que há outros elementos que caracterizam aqueles grupos ideológicos que atuaram na Europa nas primeiras décadas do século XX.
Recomendo muito o filme chamado A Onda para quem ainda não assistiu. Esse filme é baseado em uma história real que aconteceu nos Estado Unidos da América, em uma escola em Palo Alto, na Califórnia. O filme retrata um experimento social que um professor anarquista de ciências sociais resolveu aplicar em sua turma, com alunos das mais diversas orientações políticas, classes sociais e comportamentos. No filme o professor converte toda a sala ao autoritarismo, a coisa se espalha por toda a escola, saindo totalmente fora de controle, onde nem mesmo o professor consegue acabar com aquilo sem a resistência dos alunos.
Eu citei esse filme porque ele mostra muito bem quais são as gênesis das ideologias totalitárias, que estão muito presentes no anime Tokyo Revengers. Coisas como: todos se vestirem iguais, violência, ações em conjunto, organização, identidade comum, sentimento de pertencimento a algo, um líder carismático, etc. Para ficar bem claro esses pontos, recomendo que assistam ao filme. https://www.youtube.com/watch?v=zG3TfjAhs30
Sabemos que não são todos os japoneses, mas que não sejamos inocentes, a sociedade japonesa é etnocêntrica, é xenófoba, é orgulhosa, é muito homogênea e não ver com bons olhos o diferente. Coisas que seriam estranhíssimas no ocidente são normais lá, defendidas de modo a manterem as ideias de igualdade e pertencimento. Para quem não sabe, nas escolas há inspeções de maquiagem, de se sobrancelhas foram feitas, se as roupas estão nos tamanhos corretos, se estão com roupas íntimas na cor branca, etc. Na vida adulta também é cobrada a padronização das pessoas, deixando pouco espaço para individualidade, como, por exemplo: as empresas medem até a cintura dos seus funcionários. É impossível falar e escrever sobre aquilo que não se conhece, que não se vive, logo obviamente muitas das mensagens dos animes refletem e passam um lado negativo da sociedade japonesa.
Também é preciso dizer que o Japão era membro do Eixo na Segunda Guerra Mundial, que fez coisas terríveis, que ainda tem problemas com os Chineses e com os Coreanos, e que ocasionalmente aparecem autores e obras envolvidas em questões polêmicas. Um exemplo é o autor da obra Again in Another World, que além da sua obra ser complicada, exaltando um militar japonês da Segunda Guerra, ainda postou via twitter insultos discriminando chineses e sul coreanos.
O ponto mais problemático de Tokyo Revengers é mostrar uma imagem relativamente positiva das gangues, romantizada, levando com certeza jovens a se sentirem atraídos. Esse é justamente o ponto central da fundação daqueles partidos, tanto na Alemanha, com a SA, como na Itália, com os Camisas Negras, essencialmente eram gangues violentas padronizadas. Piora muito mais quando no anime os personagens da gangue principal pintam os cabelos de louro e usam roupas pretas, parecendo a SS.
Qual o uso religioso de uma suástica usada por uma gangue de rua em sua bandeira e em seu fardamento? Será mesmo que o autor é tão ignorante que não sabe o outro significado que esse símbolo tem? Acaso alguém acredita que os produtores e diretores desse anime, que na primeira temporada já começa com 24 episódios, achavam que a obra ficaria restrita ao Japão? Eu gosto muito de aplicar o conceito de que sejam inocentes até que se prove o oposto, mas me parece absurdamente improvável que a mensagem dentro do contexto da obra não seja pelo menos dupla.
Para concluir e não parecer que julgo o anime terrível, se colocarmos de lado essas coisas, é uma obra que pode produzir uma boa diversão.
2. O perfil é meu, faço o que eu quiser.
Uma afirmação um tanto arrogante e um tanto imprecisa. A liberdade nunca é plena, ninguém tem a liberdade de tudo, a liberdade tem que ser restrita para garantir a própria existência da liberdade, esse é o princípio da liberdade. Por acaso alguém pode ter a liberdade de ter escravos? A partir do momento que se faz alguma coisa, que se posta algo, ou que se fala alguma coisa que está incomodando o outro, que está agredindo uma pessoa, pasou do limite, e a lei tem que atuar, o estado tem que punir. É por isso que é proibido e ninguém pode defender algo criminoso.
Outro ponto, não é somente postar aquilo conforme as normas da plataforma. Tem que ser de acordo também com as leis do estado e mesmo quando não estiver tipificado de forma explicita, ainda assim tem que permanecer conforme os princípios da lei. Mais do que isso, tem leis que não são escritas por governos, nem precisam de papel, são as leis de boa convivência, que precisam apenas de um pouco de faculdades mentais e bom senso. Tem coisas que não convém fazer e errado é quem faz.
Por último, nesse ponto, é falso dizer que não teria culpa se não é essa intenção. Se está causando dolo a um indivíduo, a uma organização, a uma empresa, ao estado, ao ambiente, a sociedade, não importa quem seja, se sabia dos riscos, assumiu as responsabilidades, logo tem culpa.
3. Lei mundial.
Esse tópico será pequeno pelo simples fato de que não existe uma lei mundial que o Ig0y cita no vídeo. Quanto ao tratado pós-Segunda Guerra Mundial (Tratado de Paris), que não é uma lei mundial, foi sobre tudo para resolver questões territoriais, se nele foi estabelecido qualquer coisa sobre o uso de suástica desconheço. O único ponto que não tenho questionamentos desse tópico, é que após a Segunda Guerra Mundial quem ainda usava suástica convencionou a usar invertida a daquele regime que governava a Alemanha.
4. Origem do termo suástica.
Prefiro o uso do termo manji (como é chamado no Japão) em detrimento de suástica, acho mais respeitoso com os budistas e hinduístas, porque desassocia ao uso que deram a esse símbolo para fins não religiosos. No entanto, desde que ninguém se sinta ofendido, também não vejo problemas sérios de ser chamado suástica por pessoas leigas sobre o termo manji, até porque é o mesmo o símbolo. Agora daí usar um argumento de origem para justificar que o uso do manji ou de suástica, seja certo ou errado, é uma falácia etimológica, é uma falácia de origem.
Será mesmo que o termo suástica não pode ser utilizado para definir o símbolo do nacional-socialismo? Alguém no ocidente, além de alguns poucos estudiosos, sabem da sua origem etimológica? O ocidente faz ligação dessa palavra com indianos? No fim, não importa a origem da palavra, mas o sentido que se é dado. Logo, o fato é que no ocidente o termo suástica hoje tem um sentido mais ligado aquela ideologia, e manjin tem um sentido ligado as culturas e as religiões orientais. Portanto, para alguém esclarecido que faz uso desse símbolo melhor convém usar manji, de modo a evitar um entendimento equivocado. A não ser, é claro, que a intensão seja dúbia e nesse caso essa pessoa não pode reclamar de críticas acidas.
O termo cristão originalmente era usado pelos inimigos dos cristãos, como uma forma de escarnecer, de os difamar, de os desmerecer, de os desdenhar. Por isso a palavra cunhada pelos seus inimigos e apropriada do nome do seu líder não deveria ser usada? A palavra protestante também não foi cunhada pelos protestantes, mas pelos católicos como uma forma de ofensa. Algum protestante se sente ofendido por isso?
Posso dizer que senti uma forte lacrada do Ig0y ao falar dos: inimigos britânicos e americanos, grandes empresários maldosos, banqueiros. Os quais se apropriaram do termo indiano suástica e chamaram de suástica a suástica nazista. O certo eram os brancos, burgueses, colonizadores darem um nome britânico para algo usado pelos orientais e assim poderem depois serem acusados de anglicanismo?! Nem o professor de história do ensino médio lacra assim.
Um adendo, não que isso seja realmente importante, porque estou construindo minha argumentação partindo do pressuposto que a pesquisa etimológica do Ig0y seja verdadeira. Contudo, em minhas pesquisas não encontrei absolutamente nada sobre essa palavra ter sido dada por americanos e ingleses com a emancipação da Índia da Inglaterra no pós-Segunda Guerra Mundial, muito menos para difamar os indianos. Pelo que estudei, o termo suástica já era de uso corrente a comuns muito anos antes daquele partido adotar o símbolo e com os primeiros registros desse termo tendo mais de 2000 anos. Escreveu Adolf Hitler no livro Mein Kampf: “Como nacional-socialistas, vemos em nossa bandeira nosso programa. No vermelho, a ideia social do movimento; no branco, a ideia nacionalista, e na suástica, a missão de lutar pela vitória do homem ariano, e ao mesmo tempo pelo triunfo da ideia do trabalho produtivo, ideia que é e será sempre anti-semita”. Quem realmente fazia correlação da suástica com os indianos eram os nacionais-socialistas, por conta da ideia de que eles eram os arianos puros. Sendo os arianos o povo que deu origem ao homem branco, desde parte dos indianos (castas superiores) até a Europa.
Ainda nessa questão etimológica, outro exemplo é a palavra denegrir. Não faz muito tempo teve uma repórter que em uma reportagem ao vivo utilizou esse termo. Um dos seus colegas duramente a reprimiu no mesmo momento e pelos instantes que se seguiram a reporte se desculpou de forma vexatória. O problema é que a palavra denegrir não tem nenhuma conotação racial, nem ao menos há uma relação etimologicamente. Denegrir vem do latim, "denigrare", é uma palavra muito mais antiga do que o Brasil e do que seus problemas. https://www.youtube.com/watch?v=TUZd1ZBznRk
Nesse ponto, ao defender o uso de um termo, tem outra falácia além da de origem, que a de semântica. Alguém pode falar do meu português “mal escrito”, de pontuações inadequadas, de concordâncias fora da norma, de falta de acentuação, mas nada disso realmente é um erro se houver entendimento do interlocutor da mensagem, o máximo que pode ser dito sobre essas coisas é que estão fora da norma culta. Portanto, não importa muito se é chamado manji ou se é suástica, se o interlocutor entendeu a mensagem do remetente está correto, mas caso não tenha entendido está errado e a culpa é do remetente até que forneça uma explicação mais adequada. Erra alguém querer impor ao outro na sua comunicação coisas alheias ao entendimento comum da sua cultura e linguagem.
5. Monark é retardado.... Quem vai defender a suástica?
Na antiguidade, na Grécia antiga, existia uma escola, uma sociedade de ascetas, com praticais morais valorosas, eram místicos, pensadores, filósofos, músicos, astrônomos e sobre tudo matemáticos. As pessoas que faziam parte eram chamadas de pitagóricos em função do seu fundador Pitágoras. A esse fundador é atribuído o teorema de Pitágoras, a ser o pai da música por descobrir a relação entre os números e as notas musicais, a descoberta dos únicos cinco poliedros regulares, e a ser a primeira pessoa na história do mundo a concluir que o mundo era uma esfera. Os pitagóricos consideravam o dodecaedro, um dos cinco poliedros regulares, constituído por 12 pentágonos, o mais harmonioso e soberano dos sólidos, para eles representava o universo ou o cosmos e o mantinham sobre segredo por ser considerado perigoso demais. O pentagrama, também conhecido como estrela de cinco pontas, está estreitamente relacionado com o pentágono regular, bastando unir os vértices por diagonais. No que lhe concerne, o pentágono tem uma quantidade absurda de números áureos (a divina proporção, o número da beleza) e do retângulo de ouro, são tantas às vezes que aparecem que é difícil de serem contadas. O pentagrama era o emblema da escola de Pitágoras, era o símbolo que os matemáticos usavam para se reconhecerem. Possivelmente o primeiro símbolo da matemática e eu não consigo imaginar outro símbolo com mais matemática do que esse, não existe um maior.
Sendo o pentagrama o símbolo primordial da matemática, por que não vemos matemáticos usando esse símbolo? Por que não vemos escolas com pentagramas? Por que não vemos universidades com pentagramas? Por que não encontramos pentagramas se quer nos departamentos de matemática? Esse símbolo não deveria ser usado por todos da área de exatas? Porque durante a idade média os satanistas começaram a utilizar o pentagrama e o que representava a matemática tomou outro significado. Convém aos matemáticos hoje usarem pentagramas? Quem vai defender o pentagrama?
Para min que sou da área de exatas, que conheço a matemática contida e a história clássica desse símbolo, seria maravilhoso poder colocar no meu perfil das redes sociais e no meu nome. Contudo, qual seria a mensagem que eu estaria passando? Quem entenderia? Quantos da área de exatas conhecem a história e o significado desse símbolo? Eu posso exigir que as pessoas saibam a história do pentagrama? As pessoas precisam saber a história do pentagrama? Que tipo de pessoas eu vou estar chamando para quererem interagir comigo? Eu posso esperar algo diferente de satanistas e adolescentes problemáticos? A grande maioria das pessoas irão entender que eu sou satanista, que não compartilho dos valores morais ocidentais, que não bato bem das ideias e eu não posso culpar elas, a culpa será exclusivamente minha. É preciso parar de pretextos, ter bom senso e entender que o contexto que vivemos é de uma sociedade real e não imaginaria.
Em um contexto escocês, homens podem usar saias; em um contexto russo, homens se beijam como cumprimento; em um contexto árabe, homens andam de mãos dadas. Se eu sair por aí no Brasil de saia, beijando homens e andando de mãos dadas com eles. Tem como culpar alguém de entender algo diferente daquilo que supostamente eu queria passar? Convém eu fazer isso no Brasil? Exceto caso eu queira realmente passar essa mensagem e depois eu meta o louco dizendo que não sou isso, que o povo é que é xenófobo.
6. Apito de cachorro é coisa de cristão.
Fazer essa imputação inverídica de apito de cachorro aos cristãos é um desrespeito e no mínimo irônico por estar em um vídeo que supostamente deveria ser reivindicando respeito religioso, inclusive ameaçando os desrespeitosos. O cristianismo não prega a discriminação por questão de raça. O cristianismo também não prega coisas dúbias, pois não precisa e fazer isso foge dos seus valores.
Quem usa apito de cachorro não são grupos de cristãos, nem de budistas, nem de hinduístas, nem de judeus, nem de muçulmanos. Quem usa o apito de cachorro são pessoas públicas, passando mensagens políticas quando estão aos olhos de uma multidão, geralmente são políticos buscando apoio de grupos ou de pessoas que simpatizam com algo mal visto pela sociedade. Quase sempre essa coisa má tem relação com algo criminoso, sobretudo em questões raciais. A linguagem usada no apito é dúbia, para significar uma coisa para a população em geral e mais outra para o grupo-alvo. A expressão apito de cachorro também não é adequada para sociedades secretas, posto que nessas sociedades faltam alguns desses fatores elencados e nunca nenhum grande meio de imprensa usou essa expressão para tal.
Um ponto a destacar é que alguém pode utilizar o apito de forma não intencional, ingênua, e nem por isso deixou de usar o apito. Também, uma pessoa pode ter a ciência que a mensagem é dúbia, mas pode não se importar por qualquer motivo que seja e continuar usando o apito. Com isso não estou dizendo que essa pessoa queira sinalizar para aquele grupo, apenas que ela não se importa o suficiente a ponto de mudar algo por conta disso.
Ficar perguntando quem tem autoridade para dizer o que é um apito de cachorro no sentido de desqualificar o argumento, é uma falácia non sequitur e de autoridade. Falácia de não se segue, porque existindo ou não uma autoridade, não implica em nada para existir ou não um apito. Falácia de autoridade, porque obviamente ter uma autoridade também não valida isso ou aquilo ser um apito.
O fusca pode ser um apito de cachorro? Sim, claro, obvio, tudo depende do contexto para que a situação que o fusca seja inserido permita uma mensagem dúbia. Os contextos tem muitas variáveis, mas para uma mensagem de massa que é o apito nem uma delas será de conhecimento particular, por exemplo, o que até pouco ninguém sabia era sobre a kombi rosinha do Ig0y.
7. No Brasil tem algum problema? No ocidente tem algum problema?
No final do ano passado a Globo acompanhou a Polícia Federal prendendo um grupo de integrantes daquela ideologia. Foram presas seis pessoas que planejavam matar mendigos, negros e nordestinos. Um deles tinha 24 anos e é estudante de Engenharia de Agricultura. Outro era auxiliar de escritório, de 27 anos e formado em Comércio Exterior. Tem um estudante de Engenharia Automotiva da UFSC, de 21 anos; e outro que cursa Letras, de 20 anos. O último, também de 20 anos, cursa Direito. https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2022/10/23/policia-prende-grupo-de-jovens-acusados-de-neonazismo-em-sc.ghtml
O Ig0y pediu provas do porquê devemos nos preocupar, então vamos às provas. A Polícia Federal informa explosão de inquéritos envolvendo investigações sobre apologia daquela ideologia. Até pouco tempo atrás, eram poucos os inquéritos, entre 4 e 20 a cada ano. A virada se deu em 2019, quando foram abertas 69 investigações de apologia. A situação piorou em 2020, quando os policiais federais investigaram 110 casos. O Brasil não tem motivos para se preocupar? https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2021/08/confundida-com-liberdade-de-expressao-apologia-ao-nazismo-cresce-no-brasil-a-partir-de-2019
O número de denúncias de adeptos daquela ideologia no Brasil expõe uma realidade alarmante. Em oito anos, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, por meio da Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos, recebeu e processou 228.962 relatos anônimos a respeito de 21.921 sites sobre o tema, com imagens, textos, vídeos, músicas e outros materiais de apologia. https://noticias.r7.com/cidades/regiao-sul-do-brasil-concentra-cerca-de-100-mil-simpatizantes-do-neonazismo-10062014
Eu poderia passar horas pegando notícias, dados de governos, dados das polícias, pesquisas feitas por institutos sérios, para entregar as provas que o Ig0y solicitou. No entanto, acho que essas já são o suficiente e qualquer pessoa pode encontrar muito mais facilmente com uma pesquisa simples no Google.
Essas notícias não são narrativas minhas, não são as afirmações do Patrux, não são as opiniões do Ig0y, são apenas os fatos. Contra fatos tão obvieis não tem contestação, basta apenas não estar alheio ao que está acontecendo ao seu redor, ficar minimante informado, não ser alienado, que consegue enxergar essas constatações.
Coloquei notícias, mas tenho experiências e acho interessante compartilhá-las para não parecer que estou falando apenas de coisas distantes de mim. Durante a minha adolescência, frequentei uma escola relativamente grande, com mais de 4 mil alunos e exclusiva de ensino médio. Em determinado dia começaram a aparecer suásticas em cadeiras e mesas, os dias foram passando e os símbolos começaram a aparecer nas portas, paredes e corredores, mais alguns dias se passaram e os símbolos já apareciam nos quadros antes do início das aulas. O mais comum era o símbolo da suástica, mas apareciam outros também e frases nem um pouco agradáveis. Era absurdo, era assustador e isso perdurou por muito tempo, cada vez mais aumentando e aumentando. Não sabíamos quem eram eles, mas percebíamos que não era uma pessoa, que não eram duas pessoas, mas que eram muitas pessoas. Surpreendi-me de isso não ter caído nos jornais da época, nem de a polícia não ter aparecido de forma mais incisiva. Demorou muito para alguém esboçar alguma reação. Todavia, um dia vários professores de uma vez só começaram a passar séries de vídeos para todas as turmas, sobre os horrores que aquela ideologia tinha feito, mostrando detalhes, entrevistas das vítimas relatando tudo. Foram vídeos bastante chocantes, mas essenciais, pois só depois disso é que as coisas pararam de aparecer.
O principal erro do Ig0y é acreditar que as pessoas são esclarecidas, que são boas, principalmente as do Brasil e mais do que isso, acreditar nos jovens, o grupo com o qual ele tem mais contato. As pessoas da época da Segunda Guerra achavam que estavam vivendo em uma sociedade moderna, de pessoas civilizadas, e nem mesmo os judeus jamais pensaram que coisas daquele tipo poderiam acontecer. É de uma irresponsabilidade tremenda subestimar o mal. Mesmo que usar certas coisas não sejam contra a lei, por mais que a intenção possa ser uma intenção legítima, uma intenção boa, uma intenção justificável, ainda assim podem gerar certas consequências que não são boas. Isso é uma questão muito delicada, muito séria, onde o dolo não pode ser perceptível facilmente.
Outro caso que quero trazer é de um ex-vizinho meu. Era uma pessoa adepta dessas ideias, uma pessoa de físico forte e de família bem abastarda financeiramente, um filhinho de papai que não fazia nada da vida, que era violento, e que andava com pistolas e submetralhadoras. Lembro de uma vez que esse vizinho chamou de negro uma pessoa bem caucasiana somente porque o mesmo tinha o cabelo cacheado quando crescia. Enfim, estou trazendo esse caso porque esse vizinho desfilava para tudo que é de lugar com uma camiseta contendo uma suástica enorme estampada nos peitos. Talvez ele se confiasse no dinheiro dos pais, talvez se confiasse na certeza de impunidade no Brasil, mas muito provavelmente deveria já ter um álibi para quando a polícia o pegasse, quem sabe dizer que aquilo era um manji. Pelo menos tem uma coisa boa nessa história, um dia a polícia o pegou, não o deteve preso é claro, mas a polícia chegou sem falar absolutamente nada, só arrancaram a camiseta dele, a rasgando com ele a vestindo.
Para finalizar esse tópico, essa questão racial é essencialmente estupida e é especialmente estupida no Brasil. Somos uma nação de misturados, qualquer análise genética vai mostrar que todos temos genes de várias origens. Muitas pessoas de pele branca se surpreenderiam ao saber que tem mais genes de origem africana, assim como também encontraríamos pessoas de pele escura com mais genes de origem europeia.
8. Brasil participou minutos da Segunda Guerra.
A participação do Brasil nas batalhas da Segunda Guerra Mundial, de fato, não foi tão grande se comparada as participações das grandes potências, mas ainda assim foi uma participação relevante para acelerar o final do conflito. Contudo, seria o esforço de guerra nas batalhas o que justifica a proibição da suástica em algum lugar do mundo? Qualquer análise séria sobre a Segunda Guerra Mundial não leva apenas em consideração os eventos das batalhas militares, pois existe um contexto político. Inclusive envolvendo os anos anteriores ao conflito bélico.
No nosso país havia o Partido Nazista no Brasil (PNB), um braço do partido Alemão, que possuía organizações em 17 estados da federação e permaneceu atuando por 10 anos. O partido Nazista dispunha de braços em 83 países diferentes, mas onde detinha mais filiados no exterior era justamente no Brasil. Além do PNB havia a Ação Integralista Brasileira (AIB). Como o PNB só aceitava pessoas que nasciam na Alemanha, coube ao movimento integralista absorver grande parte das pessoas simpatizantes das ideias nazistas.
Os dois partidos chegaram ao fim oficial quando Getúlio Vargas com o golpe do Estado Novo extinguiu todos os partidos políticos. Sendo o Getúlio um simpatizante dos líderes autoritários europeus e de suas ideias, impôs a nação muitas das políticas características dessa época. Logo, não é que o Brasil não tivesse preferências desde o início da guerra, é que só se colocou do lado dos aliados por meio de recebimento de vantagens, pressões americanas, e ainda assim somente quando a guerra já parecia ter um vitorioso certo.
A influência dessas ideologias perdurou na política do Brasil e ainda tem muita força atualmente. Alguém já esqueceu do Alvim copiando Trechos dos discursos de Goebbels? Um estudo recente informa que atualmente pelo menos 100 mil brasileiros são simpatizantes daquela ideologia.
9. Os verdadeiros budistas não usam suásticas.
Minha intenção não é discutir se os verdadeiros budistas usam ou não suástica, mas se os argumentos do Ig0y respondendo essa questão são logicamente válidos. O argumento principal dele é que os contrários à sua ideia estão incorrendo da falácia do verdadeiro escocês.
A falácia do verdadeiro escocês consiste em atribuir uma premissa que não corresponde aos fatores que define algo, ou seja, é oferecer uma falsa premissa. Por tanto, é uma especificação da falácia de não se seguir. A questão se resumiria a tratar-se de se o usar ou não da suástica ser uma premissa válida do que define ser um budista. Entretanto, o ig0y fez um mau uso desse argumento e em vez de mostrar que a premissa era falsa utilizou de uma generalização invertida do verdadeiro escocês e ainda para reforçar usou de uma série de falácias de autoridade.
A quem pertence à autoridade para dizer quem é budista e quem não é budista? Pertence ao senhor Nakagaki? Por que o Patrux e os seus colegas não podem dizer quem é o verdadeiro budista? O Ig0y é um mamífero, bípede, com um telencéfalo altamente desenvolvido e um polegar opositor (Ilha das Flores, 1989), assim como eu, assim como o Patrux, como os amigos do Patrux, como o senhor Nakagaki, e todos os outros seres humanos da terra. O fato de qualquer pessoa dizer algo não torna aquilo automaticamente verdadeiro, como também não torna uma inverdade. Não será porque alguém disse que a gravidade não existe que não exista, e não será porque alguém disse que a gravidade existe que automaticamente já provou a sua existência. Dizer que o Patux ou qualquer outro não possa dizer o que é verdadeiro, é um Argumentum ad verecundiam, uma falácia de apelo à autoridade.
Quem é o Ig0y para dizer que não existe paganismo no budismo? Quem é o Ig0y para dizer que o budismo de Oxford é falso? Quem deu ao Ig0y autoridade para dizer quem é um verdadeiro budista? Quem é o Ig0y para dizer o que é verdadeiro? Não estou afirmando que exista paganismo no budismo, nem que o budismo de Oxford seja o verdadeiro budismo, mas é muito interessante ver o Ig0y rogar para se essa autoridade que não permite para outros. Como se somente por se declarar budista o desse esse poder. Mais do que isso, acredita que está refutando alguém utilizando esse argumento.
Existe o bem e o mal, existe o bom e o ruim, existe o belo e o feio, e existe a verdade e a mentira. O ig0y não questionou a validade da premissa usada pelo o seu opositor, mas questionou a existência da verdade ao relativizar a questão, dizendo que existem muitas correntes do budismo. A relativização da verdade é o ponto central da filosofia dos sofistas, combatida e refutada desde a antiguidade.
O que define ser um escocês? O que define ser um verdadeiro escocês? Certamente tal discussão abriria margem para uma guerra de narrativas, afim de determinar quais seriam as premissas do verdadeiro escocês, cada um defendendo um entendimento diferente oriundo dos seus próprios pontos de vista. Posto que o ser humano é um ser limitado, por isso haveriam diferentes pontos de vista e para cada um existiria um entendimento da verdade, “diferentes verdades”, resultando em diferentes premissas do que é ser um escocês. No entanto, uma verdade limitada é realmente a verdade? Para existir uma verdade limitada (subjetiva), não é necessário que exista uma verdade (objetiva)? Se todas as verdades limitadas forem tidas como a verdade, o resultado será que qualquer ser humano da terra poderia ser chamado de escocês. Se todos são escoceses, quem não é o escocês? Logo, a própria existência do conceito de escocês passaria a não fazer sentido. No entanto, para existir um conceito de escocês é preciso existir um veredeiro escocês.
Alguém poderia alegar que o verdadeiro escocês é aquele que o governo da Escócia determina que é escocês, que recebeu cidadania independente de ter nascido lá; o problema com essa premissa é que é uma falácia, pois se sustenta em um argumento de autoridade. Outro alguém poderia argumentar que quem define é o senso comum coletivo de uma nação; mas isso seria um argumento de apelo ao povo, ad populum, a falácia da maioria. Mais outro alguém poderia alegar que a premissa é estabelecida no sentido denotativo da palavra. Será que existe um sentido denotativo para o verdadeiro escocês? Alguém poderia dizer que o veredeiro escocês é o que nasce na Escócia; outro poderia dizer que o verdadeiro é o que tem alguma descendência genética dos escoceses que habitaram a Escócia nos séculos passados; outro poderia discordar dizendo que o verdadeiro escocês é somente quem tiver uma linhagem genética pura; outro poderia dizer que o verdadeiro escocês é qualquer um que tenha a cultura escocesa; outro poderia dizer que o veredeiro escocês é aquele que se sente escocês no coração. Se todos somos homens, então não existem mulheres.
Fazendo uma analogia com produtos, existem produtos falsos e verdadeiros, produtos de marca e piratas, produtos originais e similares, produtos iguais e parecidos. Será que o simples fato de alguém se dizer budista o faz dele um budista verdadeiro? Ou será que o verdadeiro é quem o Ig0y declarar que seja? Eu posso dizer que sou budista? Todos somos budistas? Ninguém é budista? Quem é o verdadeiro budista?
10. O crescimento daquela ideologia.
Não parece que a pessoa que trouxe esse argumento estivesse falando em um crescimento vegetativo, para o Ig0y argumentar que a população está crescendo e que somos oito bilhões. Não é como um pai que seja adepto daquela ideologia e que tenha vários filhos, transmita para eles essas ideias como se transmite os genes. Esse tipo de crescimento geracional não é o da preocupação real da sociedade e não é o padrão observado. O mais comum são pessoas de uma mesma família, descendentes ou ascendentes, tenham orientações ideológicas distintas a do parente que seja adepto dessa visão.
Também não faz sentido falar somente em crescimento absoluto dos adeptos daquilo em vez de proporcional ao da população total, ou pelo menos absoluto e proporcional. Primeiro porque não é essa a constatação que os estudos indicam. Segundo porque não existiria a percepção de crescimento e não aumentaria a relevância dos mesmos.
Outro ponto nessa questão de crescimento é que não existe um meio-termo para um crescimento proporcional, no qual permita a afirmação do Ig0y de que tudo está crescendo. Posto que não existe um meio racista, uma pessoa ou é racista, ou não é. Não pode o antirracismo crescer proporcionalmente e o racismo também. Nessa questão não tem centro e não tem apolítico, para crescer neles. Não existe centro entre o racismo e o não racismo, como não existe uma pessoa que não seja uma coisa nem outra.
Em abril deve sair o resultado do censo, que foi realizado no ano passado. No entanto, todos os indicadores já estão demonstrando que o Brasil está desacelerando em crescimento absoluto populacional, chegando a uma quase estagnação e se espera que muito em breve esteja em decrescimento populacional, se não já o estiver.
Na Europa inteira, mais as Américas, mais a Oceania, mais os países desenvolvidos do leste asiático, mais a Rússia e até a China já entraram no inverno populacional. Todos esses estão com taxa de natalidade abaixo da de reposição, enfrentando diminuição populacional nativa ou prestes a enfrentar. Por tanto, os países onde o homem branco está mais presente enfrentam esse problema e é a população branca desses países é a que menos tem filhos.
No ano passado, pela primeira vez na história a China registrou uma diminuição populacional em relação ao ano anterior, e a taxa de natalidade baixa hoje é uma das maiores preocupações do Partido Comunista Chinês. A população mundial total cresce somente por conta da África, dos países de maioria islâmica e por conta da Índia. Será que é lá nesses países que estão tendo crescimento populacional real, que cresce aquela ideologia?
A Europa só mantém uma quase estagnação, com crescimento populacional total de míseros 0,06% ao ano por conta da fortíssima imigração que recebe. O mesmo vale para diversos outros países desenvolvidos como Canadá, Austrália e Nova Zelândia, que estão tendo crescimento minúsculo e somente por conta da imigração recebida. No Japão e na Coreia, mesmo com as imigrações que recebem estão em declínio populacional em termos absolutos. O único diferente dos ricos é o Estados Unidos da América, que também está com a população nativa em forte declínio, mas a fortíssima imigração é tão alta que mantém um crescimento populacional total considerável.
Na Europa o problema com o crescimento daquela ideologia é mais acentuado por várias razões. A Europa recebe muita imigração islâmica, essa população tende a ter forte inflexibilidade a se adaptar a cultura Europeia, o que tem gerado grandes choques culturais e o sentimento da população nativa é de morte de sua identidade, morte de suas nações, e o medo do fim do homem branco. Somem a isso fatores históricos, um grande contingente de população branca, crises econômicas, grande endividamento de países. Os países europeus antes mesmo de outros países desenvolvidos já apresentavam baixíssimas taxas de natalidade, ou seja, grande proporção da população europeia é de imigrantes ou de filhos recentes deles. Resultando em um terreno fértil para as ideias supremacistas que tem crescido por lá de forma alarmante.
Por último, o argumento da internet, o mais típico do professor de ensino médio e o que serve de desculpa para tudo. Primeiramente porque o acesso à internet é tão abrangente no Brasil a quase uma década, que não seria um grande exagero dizer que é praticamente universal há um bom tempo. Se essa é a realidade do Brasil que é um país pobre de terceiro mundo, imagine como é a realidade dos países ricos e desenvolvidos. Também posso dizer que a internet facilita propagar qualquer ideia, inclusive as ideias antirracistas que não podem estar crescendo se as racistas o estão, por motivos que já falei anteriormente. O máximo que tem como aceitar é que o engajamento e radicalização de todos os lados possa estar crescendo, mas não é somente nisso que aquelas ideias estão crescendo. Essas ideias cresceram muito mais rápido e fácil no início do século passado, quando nem televisão existia. Internet não mata pessoas, pessoas é que matam pessoas.
Como O Ig0y não falou nada da complacência a qual foi acusado face o crescimento, senti que ele tangenciou negando a existência de um crescimento. Ou seja, criou um espantalho e ficou batendo nele.
11. Quem computa os crimes?
Não vou ser repetitivo, já enviei um monte de matérias jornalísticas de imprensa séria, com dados da polícia federal, com dados de agências do governo, com dados de pesquisas acadêmicas, com dados de ONGs. Com isso não estou dizendo que por serem essas as fontes seja automaticamente a verdade e que os dados não possam ser questionáveis. Entretanto, ficar desqualificando a fonte (o argumentador) perguntando quem computa isso, em vez de atacar os argumentos, é uma falácia (Argumentum ad hominem). Até porque eram a polícia e as agências do governo Bolsonaro dando dados de aumento sobre essas coisas. A quem interessava no governo aumentar esses números? Isso parece algo suspeito? Não é nem um pouco plausível ficar levantando esse tipo de argumento.
Também não é como se isso estivesse ocorrendo somente no Brasil, os aumentos são registrados em todo o ocidente por instituições muito mais credenciadas e serias do que as brasileiras. Quais são as probabilidades de todas elas estarem falseando dados e envolvidas em algum tipo de complô internacional?
Atacar a metodologia poderia ser um argumento valido, mas o Ig0y faz isso com uma alegação sem fundamento. Parafraseando: que essas instituições enquadram o uso do manji (suástica quando usada para fins religiosos) como crimes de apologia. Não, assim não, pelo amor de Deus, não vá na vera não. Será que aumentou tanto o número de budistas no Brasil usando esse símbolo, que a polícia tem ido até as sangas investigar? É meio obvio que a polícia e o governo não contabilizam isso como apologia. Algumas das reportagens que procurei falavam quais eram os critérios e não deixavam margens para esse tipo de confusão, em uma delas até especificou que não consideravam o manji para fins religiosos. Pior do que isso é somente a suposta prova dada por Ig0y dos erros metodológicos, que para começar não tem nada relacionado com apologia a aquela ideologia, mas com assassinato de mulheres. Para quem não sabe a Lei nº 13.104/15 que determina o que é feminicídio, define como tal a discriminação de gênero (Art. 1º, § 2º-A, II) ou violência doméstica (Art. 1º, § 2º-A, I). Uma mulher não pode odiar as mulheres ou mesmo o fato de ser uma mulher? Questionar a metodologia dizendo que está errada por contarem um crime de violência doméstica em conformidade com a lei que tipificou o feminicídio é uma tremenda de uma pérola.
12. A cruz de Pedro.
Desconheço que cristãos queiram resgatar esse símbolo fazendo uso dele, pelo simples fato de que não precisa ser resgatado. Pertence à tradição Católica não bíblica o relato que Pedro teria sido crucificado de cabeça para baixo, é um símbolo de Pedro, não de Cristo e o único na Igreja Católica que roga para se ser o sucessor apostólico de Pedro é o papa. O papado nunca deixou de utilizar esse símbolo e não me parece fazer sentido outra pessoa além do papa querer usar o seu símbolo. O relato mais antigo encontrado do registro sobre como Pedro morreu pertence ao teólogo Orígenes (185 – 253).
Os satanistas na idade média adotaram o uso da cruz de cabeça para baixo por um motivo bem simples, o significado obvio de um Cristo invertido. As pessoas comuns não utilizavam a cruz invertida antes mesmo dos satanistas utilizarem, pela óbvia mensagem que passariam, também porque nunca foi o símbolo da cristandade e porque sempre houve um símbolo bem maior.
13. O intolerante Karl Popper.
Eu gosto do paradoxo da intolerância e entendo a origem dele, o qual é uma releitura e uma defesa da lei de talião para um caso mais específico; olho por olho, dente por dente, intolerância por intolerância. Por mais que eu goste dessa lei, há um erro no entendimento de muitos, posto que não se faz justiça com as próprias mãos, isso nem ao menos é justiça. Cabe apenas ao estado e em última instância a Deus, o julgamento e a aplicação da lei. Ao povo cabe a tolerância e o perdão. Se alguém roubar, se rouba de volta? Se alguém matar, se mata de volta? Um erro não justifica outro.
14. Ig0y raivoso.
Se tem uma promessa de mal, não precisa ser apenas diretamente contra o outro, mas se tiver intensão de provocar algum tipo de dolo, isso é problemático.
Quando o Ig0y fala para as suas contrapartes a agradecerem por ele só colocar um processo. O que ele estava dizendo com isso? O que mais do que um processo poderia fazer? Isso é uma ameaça?
Quando o Ig0y afirma que procurará o empregador do Patrux para fazê-lo ser demitido, isso não constitui em uma ameaça? Se o Ig0y de fato conseguisse provocar esse dolo ao Patrux, no que isso caracterizaria?
Fazendo um exercício mental sobre o Ig0y ir atrás do empregador do Patrux. De quanto seria o custo disso, uns 4 mil, 5 mil, 6 mil reais? O Ig0y teria dinheiro para gastar assim? Será que isso valeria a pena? O ig0y sabe se quer onde o Patrux reside para achar o seu emprego, ou se quer o processar? Caso encontrasse o emprego, quem garante que o Patrux trabalhe em uma empresa pequena para ter um patrão? Se for uma empresa grande, quem garante que o Ig0y passaria da entrada? Quem disse que empresas grandes se incomodam com a vida dos funcionários? Mesmo que seja uma empresa pequena, mesmo que o Ig0y consiga falar com o patrão do Patrux, mesmo que ele se importe com isso, quem garante que ele não vá dar apoio ao Patrux? Quem disse que tem como o Ig0y colocar algo no LinkedIn do Patrux? Quem disse que o Patrux tem LinkedIn? Quem usa LinkedIn? Isso era coisa para ser levado a sério?
Por fim o Ig0y chama um rapaz para o conhecer fazendo gesto com a mão fechada. Isso não foi mais uma ameaça?
Antes de mais nada, não quero ditar como dever ser o público do Alexandre, mas uma coisa que sempre me inquietou muito é porque pessoas trocariam o bem mais preciso que elas têm que são os seus tempos de vida para assistir animes que elas não gostam, animes “ruins”. Por mais que o Alexandre deva odiar animes, deveria ter o mimo de bom senso para entender que as pessoas que acompanham animes não são tão idiotias de perderem tempos valiosos vendo coisas que não querem. Logo, ficar hateando o próprio produto que vende não é uma coisa inteligente, e muitos são os canais que foram por esse caninho que morreram por motivos obvies.
Argumentos do Alexandre: 1 – Drama “extremante forçado” da Marin no primeiro episódio.
Primeiramente, o Alexandre é o rei dos exageros, tudo para ele é sempre extremado, é sempre um absurdo (essas palavras são maneirismos na boca dele), é o mesmo argumento genérico que ele usa para tudo. Convenhamos também que está reclamando de reações extremadas de personagens de uma obra ficcional animada de comédia romântica. Reparem que é um ANIME que traz reações com caras e bocas características típicas desse tipo de proposta, e que tem efeitos consagrados nessa arte. Outra, não existe nenhuma incorrência em relação a reações da Marin com o seu universo que venha a quebrar a verossimilhança. A real contradição que existe é do Alexandre Esteves fazer uma crítica sobre extremos quando todas as suas críticas são extremadas e quando muitos dos seus animes de comédia favoritos tem essas mesmas coisas.
Pergunto-me se o Alexandre já teve uma experiência em costurar e em fazer cosplay ele mesmo para dizer que a reação da Marin não é nada sutil, que é desesperadora. Eu já tive essa experiência, não é fácil costurar, não é fácil encontrar alguém bom em fazer cospaly, não é fácil fazer um cosplay mesmo com ajuda de um profissional, não é barata a ajuda de um profissional e mesmo com essa ajuda fazer um cosplay de verdade que não pareça uma caricatura é dificílimo.
O valor das coisas é subjetivo, há coisas para algumas pessoas que são extremante sem importância e essas mesmas coisas para outras são extremante valiosas. É justamente sobre isso que o anime fala ao trazer a história sobre o amor de Gojou pelas bonecas e da Marin pelos cosplays. Eles admiram certas coisas, se dedicaram e entregam os sues coações para essas coisas. Quando alguém entende isso, juntando o fato das dificuldades da Marin, a reação dela parece muito natural. Já a fala do Alexandre demonstra não só que não entendeu a própria essência da mensagem do anime, como ao não entender a reação da Marin se assemelhou ao comportamento da menina que desprezou o Gojou e o odiou simplesmente por ele amar bonecas. O mais irônico disso é que o anime para ressaltar a mensagem jogou um flashback e o Alexandre ainda assim não a entendeu e se queixou.
Por último nessa questão gostaria de saber quais foram os estudos sobre comportamento das pessoas e se Alexandre tem um diploma de psicologia para afirmara categoricamente que esses comportamentos são forçados. Entendam cada pessoas reage de uma forma diferente a cada situação e não existia nada preestabelecido nessa obra que fizesse o comportamento da personagem parecer forçado.
2 – Marin usar biquini no segundo episódio.
De antemão nesse primeiro momento não vou discutir se o anime deu muito ou pouco tempo para a cena da Marin de biquini, mas só para colocar as coisas nos devidos eixos sem exageros vou fazer um conta simples. A personagem começa a desabotoar a camisa com 10 minutos e 34 segundos do episódio, com 20 minutos e 30 segundos está completamente vestida, ou seja, 9 minutos e 56 segundos depois. O episódio tem 23 minutos e 40 segundos, mesmo tirando a abertura e o encerramento essa parte tem menos da metade do episódio e não o episódio inteiro com afirmado no vídeo pelo o Alexandre para os que não se lembram.
Sobre o protagonista ser “inseguro, tímido e não conseguir se comunicar direito com a Marin”. De fato, ele é tímido, inseguro por ser inexperiência, tem dificuldade de se comunicar com outros colegas, mas discordo de não conseguir se comunicar com a Marin. Entendam que também não é porque o protagonista é inexperiente, não é porque é tímido, não é porque é introvertido, ele é tudo isso, contudo o que é trabalhado nesta parte são outros pontos. Vejam que a Marin é alguém que o Gojou não tinha intimidade, que está confiando nele como um profissional, as vezes ela até brinca quando perceber o constrangimento dele, mas é confiando na integridade do rapaz. Logo a timidez não é o foco, mas é um acréscimo de tensão, porque o verdadeiro dilema trabalhado é o protagonista ter que agir de forma profissional mesmo que a situação crie tensões sexuais, demostrando ser esse o propósito dos ângulos sugestivos. Somem a isso a pressão por ser uma oportunidade ímpar dada por alguém que além de ter confiado nele o tirou de um isolamento, gerando certamente gratidão e respeito. Certas profissões passam constantemente por situações que criam tensões sexuais e o que é trabalhado no anime é o auto controle do costureiro e da relação de confiança necessária que isso exige, (coisas diretamente ligadas a proposta de criar de criar copslays), além dos aspectos morais trabalhados do Gojou em não se aproveitar da menina.
O Alexandre disse que “não teria problema com esse tipo de coisa (ecchi) se o anime fosse sobre sensualidade, sobre excitação a flor da pele na adolescência, sobre como ela (Marin) é muito safada, mas ele (Gojou) não sabe lidar com isso”. O Gojou sabe lidar com isso e Marin é santinha? É errado limitar a apensas três temas, e mais, todo romance por natureza por mais planctónico que seja dentro da proposta precisa gerar algum grau de sensualidade, para fins de narrativa e de agradar ao público. Ou alguém que vai ver um romance de adolescentes está esperando algo diferente? É como pedir para um anime de comédia não ter comédia, ou um anime de terror não ter terror e como já foi visto no primeiro tópico o Alexandre não sabe sobre o que o anime fala, qual é a mensagem do anime, muito menos sobre a mensagem dessa cena. Vai ver que o Alexandre acha que o anime é de guerra é quer ver baratas espaciais.
Mas de fato existe um segundo plano de intensões nessa parte onde o anime aproveitou para gerar cenas fofas, cômicas e iniciar uma germinação de forma orgânica de um romance. Mesmo porque achar que situações constrangedoras assim não existem independente de timidez é ser um ingênuo, e achar que não podem ser aproveitadas e retratadas é ser censurador. É preciso dar uma liberdade poética a ficção, só não acredito que o protagonista poderia agir diferentemente caindo com tudo em cima da menina, pois nesse caso seria uma atitude improvável, antiética, com desfecho negativo e seria uma cena idiota.
Ter dez minutos de cena de biquini é um fanservice ruim e apelativo? Não é jogado, não é incoerente, tem sentido narrativo, é orgânico, podia ter uma hora de ecchi assim e pesado que eu não reclamaria. Contudo, inúmeros animes tem episódio inteiros de praia com um monte de garotas bonitas só de biquinis que não tem vergonha por estarem assim e dentro os quais alguns o Alexandre oferece boas notas. Digo mais, a maioria dos animes que tem episódios de praia só são para mostrarem as meninas de biquini por ângulos diferente, já em Sono Bisque a cena de biquini foi orgânica e teve contexto narrativo.
Sendo bem honesto com quem gosta de ecchi, se for assistir esse anime com intenção maliciosa vai se decepcionar profundamente. Essa cena falsamente polemizada do episódio 2 com intuito de ganhar visualizações é muito mais para passar constrangimento do protagonista do que exalar sensualidade, a única cena que realmente tem alguma coisa apimentada nessa temporada é pequena e só ocorre no episódio 11. Pelo menos essa do episódio 11 demonstra que o romance está se desenvolvendo e aparenta que não vai ficar num platonismo infinito.
A verdadeira malicia está nos corações podres e pervertidos dos lacradores. Minha opinião do porque alguns odeiam esse anime, é porque precisam manter as aparências, e provavelmente esconderem por trás do falso moralismo contra peitos e bundas uma misoginia oriunda de motivos escusos.
3 – Gojou ser extremamente irritantemente tímido e introvertido.
Primeiramente, devo registrar que o Alexandre cometeu um ato falho no vídeo, ele quis dizer introvertido e falou extrovertido, mas eu entendi que ele queria dizer introvertido. Podem conferir no vídeo no tempo 3:51 e 4:08.
Parte das críticas nesse ponto é a mesma que já foi discutida no ponto um, reações ditas por Alexandre como extremadas. São atitudes e caras e bocas que são consagradas em animes, que estão de conformidade com a narrativa, que são típicas desse tipo de proposta, e que produzem efeito emocional e prazerosas no público. A única diferença é que ele em vez de falar da de Marim, falou das do Gojou, por tanto não vou me delongar nos mesmos argumentos. Acrescentar apenas que varias das expressões e reações do Gojou se dão em momentos que ele está refletindo consigo mesmo sobre a situação, não são sempre reações que interagem diretamente com outros personagens.
O protagonista é pouco tímido. Por que? Vejam que a maior parte do temor do protagonista em falar com outros não é bem uma insegurança de falar, ele sabe se comunicar quando quer, mas é por acreditar que não tenham interesses incomum. E dizer que é tímido porque não saiu rebocando a Marin para cama, achar isso é não ter o mínimo de bom senso, ele não é um tarado e não é assim que essas coisas acontecem. Principalmente nesse mundo dele e entre adolescentes, isso é o Japão, não é o beco onde as meninas com 11 anos já estão fazendo programa. Outra quando a situação vai ficando difícil ele diz para garota e isso não me parece timidez. A questão que ele tem respeito, que tem profissionalismo, que não tem intimidade o suficiente e que tem moral. No mais se já fosse rolando sem uma problematização não teria uma história.
O protagonmista agindo de forma respeitosa, profissional e o Alexandre reclamando que o rapaz é extremamente irritantemente tímido, porque não queria tirar algumas medidas. Imaginem medir a distância entre os bicos dos seios sem tocar nos bicos. O Alexandre queria era que o protagonista fosse um tarado para poder lacrar em dobrado. Outra grande parte daquelas medidas a Marin poderia ter tirado sozinha, e só bastava que o Gojou respeitosamente não tivesse sugerido para Marin tirar essas medidas de outra forma que estariam lacrando contra o anime de todas as coisas possíveis. No mais só para constar, Gojou gaguejou pensando que Marin ficaria com roupas intimas e não de biquini.
Eu nunca fui tímido, pois desde de criança eu sempre tomei para mim que timidez era um pecado de danação, nunca tive problemas de sociabilizar, nunca tive problemas de paquerar com garotas, nunca tive problemas de falar em público, nunca tive vergonha alguma com namoradas. Também não sou japonês, não sou adolescente, nem sou virjão, contudo vamos fingir que eu fosse um tímido e virjão. Eu passaria a ser uma pessoa ruim por me identificar com o protagonista? Qual o problema nisso que Alexandre coloca no vídeo além do preconceito dele contra os tímidos e virjões?
Quanto a ser introvertido (alguém que tem uma preferência por ficar sozinha), isso só acontece no início, depois ele não demonstra ter problemas em estar com outras pessoas, como a Sajuna, a Shinju, a Marin que vão se juntando a trama. Como isso é ser extremamente introvertido ao ponto de se extremamente irritantemente? Só Alexandre saberá, porque lógica passou longe.
4 – Três minutos de vídeo demonstrado total intolerância e desprezo com ecchi.
Ninguém gosta de defender esse tipo de coisa, porque existe coerção moral e social sobre esse tema. Ninguém que ser taxado de o virjão que fica tocando bandeira, mesmo que não seja verdade e por isso o ecchi sofre tanta perseguição sem praticamente nenhuma reação. Mas, alguém tem que falar o que é preciso, porque se ninguém falar, hoje será o ecchi, amanhã serão os jogos com violência, depois serão as religiões e sabe lá onde isso vai parar.
Em primeiro lugar, não existe como objetivamente sem usar de juízo de valores dizer que as emoções de uma comédia, de um terror, de suspense, de um drama são mais valiosas que que as emoções produzidas por um ecchi. São todos estímulos sensórias que ativam hormônios e que produzem sensações cerebrais que podem oferecer algum grau de prazer.
Em segundo lugar, em todas as artes desde os primórdios da civilização sempre houve ecchi, basta ligar a tv, assistir um filme, ver uma série, ler um livro, portanto, não faz sentido esse falso puritanismos seleto e exacerbado contra animes. Até porque os animes se diferenciariam e ganharam a guerra contra a animação ocidental justamente por não ter amarras de preconceitos e por fazer animação para todas as idades e todos os públicos.
Dito isso, e como já argumentei nos tópicos anteriores sobre essas coisas, quase todas as cenas que contém ecchi desse anime tem algum propósito dentro de enredo, a maioria delas não são fanservices jogados e sem organicidade, independente se poderiam ser maiores ou menores em tempo de duração. Mesmo aquelas cenas que poderiam ser questionáveis as suas necessidades para a narrativa estão dentro de uma margem que me parecem tolerável. Já em relação a se tem propósitos que vá além do extremante relativo as mensagens do enredo, para mim se querem fazer uma comédia (como na cena da camisa desabotoando), ou se querem produzir algo mais sensualizado, ou se querem provocarem um susto, não me importa, porque não tenho com julgar isso sem ser subjetivo.
Lá por volta dos 6 minutos e 26 segundos de vídeo o Alexandre alega que o proposito do anime é só ser uma comédinha divertidinha e que não deveria ter ecchi. Primeiro que ele não entendeu a mensagem e a problematização do anime para saber qual é o propósito. Segundo que o anime tem comédia, mas não é esse o foco da obra e como prova nem se quer é classificado como comédia dentro do MAL. O gênero principal do anime é de romance, e sempre haverá sensualidade em romances. Terceiro, todas as suas cenas cômicas são em momentos de ecchi. Se tirar o ecchi que comédia divertida vai sobrar? Alexandre cagando regras para a arte e se contradizendo.
5 – Detonando Marin enquanto personagem.
Carisma é legal, mas não nesciamente um personagem com carismático é bom, por isso não defendo que um personagem é bom ou ruim pautado nisso. O que mais olho é utilidade dentro da trama, os diálogos, a consistência, a coerência, a capacidade de transmitir emoções, o desenvolvimento, e as camadas. Dimensões eu olho só em um segundo momento, porque isso valoriza a obra, contudo não é algo que sempre se faz necessário, depende muito da proposta.
Utilidade - Pode parecer estranho falar isso de um protagonista, mas há inúmeras obras que o enredo se dirige para uma direção que o protagonista sobra e ficam procurando coisas para dar motivo dele existir. Em nenhum momento que a personagem entrou em cena demostrou que seria esse o caso e nada do que foi desenvolvido nela pareceu ser sem um proposito.
Diálogos – Não vou dizer que todos os diálogos da personagem foram tratados filosóficos, nem que tiveram frases profundas para refletir. Mas ajudaram as pessoas a se identificarem com a personagem na medida que pareceram conversas que pessoas de carne e osso teriam por conta das suas sutilezas. Também não foram diálogos repetivos, longos, cansativos, feitos apenas para explicar coisas obvias, ou coisas ao leitor que os personagens já deveriam saber.
Consistência – Não houve nenhuma mudança na personagem, mas se houvesse teria que ser algo explicado para parecer natural.
A capacidade de transmitir emoções – Alguém pode confundir isso com carisma, mas veja eu posso odiar a personalidade do personagem e achar ele muito bom, talvez porque me fez chorar, ou me fez ter sustos, ou alguma outra emoção qualquer. Da mesma forma eu posso achar a personagem uma waifu, posso achar simpática e ela não me arrancar um sorriso. Nesse sentido eu julgo que a Marin foi bem aproveitada passando vários tipos de emoções.
Camadas – Não é somente avaliar se tem um passado, laços familiares e de amizade, coisas que vão se relevando durante os desdrobamentos da trama, mas é algo mais complexo que demanda um olhar mais apurado de profundade e são muito pontos a se considerar. Coisas com personalidade, quais são as motivações, se tem uma identidade própria, se tem autoconsciência, etc. As motivações da Marim são claras que é fazer cosplay; tem uma personalidade que é muito carismática; não é alguém sem consciência que esteja sendo manipulada; suas amigas são apresentadas ao protagonista; sua mãe foi revelada falecida; mora sozinha porque o pai vive distante por conta do trabalho. Se eu perguntar essas mesmas coisas sobre metade dos personagens favoritos do Alexandre simplesmente não existem respostas, logo a Marin é mais bem construída do que eles.
Desenvolvimento – O desenvolvimento da personagem tem ligação direta na relação dela com o protagonista. Houveram vários tipos de progresso nessa relação, então houve sim desenvolvimento.
Dimensionalidade – Quanto mais parecer humana, quanto mais falhas tiver, mais natural vai aparentar. Exemplo: quando a Marin não sabe fazer comida que preste, quando é mostrado que ele não sabe nadar. Não vou dizer que chega a ser tão complexa a construção para ser uma personagem tridimensional, mas é pelo menos é um bidimensional.
Depois dessas coisas que apontei como o Alexandre se atreve a dizer que era uma personagem sem núncias, sem trabalho, sem história, sem qualidades? Ah, mas não foi algo tão complexo e profundo? É a primeira temporada de um cour que a personagem dividia muita atenção com o protagonista, precisam ter paciência e não exigir mais do que é possível se oferecer no ritmo correto.
6 - Progressão do romance.
No tempo do vídeo dos 10:15 até 11:58 o Alexandre reclamação do romance progredir segundo ele: “tão repentino, tão abruptamente, de não ser tão natural, de não conseguir levar a sério”. Levam 5 episódios para ter esse progresso, somente no sexto é que a Marin consegue entender e admitir para ela mesma que começou a gostar do Gojou. Isso depois de muita aproximação dos dois com direito a várias cenas afetuosas, corando, cenas românticas e tensões sensuais. A descoberta foi depois de uma cena bem afetuoso no trem, talvez a mais afetuosa da temporada. Como isso é abruto? Não sei, essa é mais uma das respostas misteriosas que somente o Alexandre saberá. Mas a personagem poderia ter reagido de uma forma mais sutil quando caiu a ficha? Poderia, se a indenidade dela fosse outra.
Agora vem a pior parte, porque no tempo 11:58 em diante, não tendo passado um segundo se quer, ele reclama do exato oposto, que o romance não progride, que é lento. Essa é aquela hora que dar vontade de bater com a cabeça na parede e acreditar que não existe salvação para humanidade. O que Alexandre entende por romance? Eu não acho que ele acredite que seja o sentimento, a aproximação, os clímaces, porque isso progride muito. E tenho dificuldade de achar que ele acredite que seja o vamos ver, porque quando a coisa começa a ficar quente no episódio 11 ele odeia. O 11 foi o único episódio que vi mais de uma vez, eu vi três vezes, inclusive foi o primeiro episódio que assisti, um dos prinipais incentivos para ver o anime e teve a melhor cena dessa temporada.
7 – “O episódio de praia”.
Esse tópico é uma das poucas coisas que o Alexandre gostou. São 7 minutos do oitavo episódio, é uma parte que mostra uma praia, mas não é bem um episódio de praia porque não tem ninguém tomando banho, nem em trajes de banhos, o máximo que fazem é molhar os pés. A cena é um pássaro roubando a comida deles e o casal sentando na praia dividindo um sanduiche. Foi bonitinho, é fofinho, é legalzinho, trabalha a relação do casal, mas não desenvolveu nada na história, é uma cena altamente pulável que existe só para ter a parte de praia. Não tem nada de diferente nessa cena para ser uma história. Será que o motivo dele ter dito que havia gostado não foi para dar mais uma lacrada com uma fake praia? Por fim, ao mesmo tempo que o Alexandre reclama de romance lento e enrolação diz que gostaria que todo anime fosse como nessa cena. Poderia ser mais incoerente?
Minhas considerações:
O que realmente me pegou nesse anime foram os dramas, e não é porque são pesados, mas porque tem conteúdo, são trabalhados progressivamente e há desenvolvimento de superação deles. Todos os personagens tem dramas e todos esses têm ligação com a mensagem central da trama, há uma coesão problemática e conectada diretamente dentro do enredo. O fato de alguns probelmas parecerem pequenos na verdade também faz parte da mensagem de valor, o que me deixa mais fascinado pela inteligente jogada do autor.
Como chefe máximo dessa nação, eu tenho que consumir apenas obras com tramas reflexivas que me ajudam a pensar e agir buscando sempre o para nossa nação.
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Dê uma curtida na minha análise de Code Geass.
Link:
https://myanimelist.net/profile/Tiago_Vaz_007/reviews
Below is the Portuguese version, the one in the link is in English.
Abaixo está a versão em português, a do link está em inglês.
Minhas cinco apostas para a temporada spring 2023.
Ativos:
• Kono Subarashii Sekai ni Bakuen wo!
• Tonikaku Kawaii 2nd Season
• Mashle
• Yamada-kun to Lv999 no Koi wo Suru
• My Home Hero
Banco:
• Kimi wa Houkago Insomnia
• Boku no Kokoro no Yabai Yatsu
• Yuusha ga Shinda!
Extra:
• Tengoku Daimakyou
https://youtu.be/-oAUY3shRFs
https://www.youtube.com/watch?v=vI9YnktoPoI