Yumemiru Danshi wa Genjitsushugisha —Do que vi nesses três primeiros episódios deu ruim. Somente o terceiro episódio é que destoa, pois foi significativamente melhor em tudo, mas não acredito que salve a obra, nem que o anime vá se manter assim e mesmo que se mantivesse ainda era preciso melhorar bastante. Primeiramente com relação à parte visual, as primeiras imagens aparentavam uma boa produção, depois veio o trailer que me desiludiu, mas eu não estava preparado para o que de fato seria. Não exijo muito visualmente de uma obra com esse tipo de proposta e de fato não precisa, porém está abaixo do mínimo aceitável. Já com relação à história, a premissa é maravilhosa, mas o desenvolvimento é um fracasso. Não vale o tempo que desprendo assistindo e gostaria muito de desistir, só não faço isso por conta do princípio de ser determinado.
Temple — Esperava mais da comédia, do romance e do ecchi. Não chega a ser tão ruim ao ponto de ter vontade de desistir, mas também não oferece muitos estímulos a continuar. Se eu soubesse que seria tão morno nem teria começado.
Watashi no Shiawase na Kekkon — Só tem uma coisa que não gosto nessa obra, que é a parte dos poderes sobrenaturais. Até entendo que tenha uma relevância para a história, mas se é para ter esse elemento nesse tipo de trama, preferiria que fosse bem mais discreto. Em todo e qualquer outro aspecto desse anime só tenho elogios a oferecer. Sabia que a história teria uma carga dramática, porém eu não sabia que seria tão bem desenvolvida e passando as emoções com perfeição. Eu tinha boas expectativas, mas o anime em muito as superou.
Suki na Ko ga Megane wo Wasureta — Confesso que tinha um pouco mais de expectativas porque o mangá é muito bem avaliado. Talvez haja uma evolução mais para frente, porém pelo menos nesse início a história foi bem aquilo que estava na sinopse. Mesmo que em termos da história em si não tenha nada de mais, a experiência é absurdamente melhorada com o espetáculo visual que esse anime oferece. Logo, pelo modo como a história é contada, passa bem as emoções e o anime merece ser acompanhado até o final.
Zom 100: Zombie ni Naru made ni Shitai 100 no Koto — O fato é que a equipe de produção está com sangue nos olhos, está melhorando absurdamente a obra em relação ao mangá. Eu peço desculpas porque desconfiei desse anime por ser o primeiro trabalho desse estúdio. O anime é simplesmente maravilhoso, acredito que já posso cravar como o melhor da temporada, quem não está assistindo está perdendo e isso é tudo que tenho a dizer.
Rurouni Kenshin: Meiji Kenkaku Romantan (2023) — Em termos narrativos atendeu um dos meus maiores desejos, que era de diminuírem as enrolações e os eufemismos. Coisas que a primeira versão tem e que eram típicas da época, pois faziam isso para deixarem as obras mais leves, compridas e bem mais autorais do diretor, quase algo a parte. Isso foi um ponto bastante positivo, porque também não fizeram de uma forma que estivesse compactando tudo em um ritmo apressado, como geralmente fazem em outros remakes e que eu muito temia. Nesses três primeiros episódios adaptaram praticamente um capítulo por episódio. Além disso, é uma versão muitíssimo mais fiel ao mangá, mas não é completamente fiel, pois tenta ter uma identidade própria, mudando apenas alguns aspectos que melhorem o material fonte. Portanto, tem uma direção mais respeitosa que segue os padrões modernos de adaptação. Somente com isso já justificaria a necessidade desse anime existir.
Outro ponto que chama a atenção é a parte cômica, que era bastante escrachada na primeira versão, sendo uma marca registrada do título e que foi bastante abrandada na atual. Apesar desse viés cômico da antiga ser bom, nunca foi o que fez essa obra ser gigante. Mais do que isso, é um viés característico de uma época, sendo atualmente datado e que não faria sucesso com as novas gerações. Além do mais, ficaria injustificável refazer e acompanhar algo idêntico ao que já foi feito. Dessa forma, compreendo perfeitamente as motivações para as mudanças e concordo plenamente com uma versão mais sóbria, especialmente em relação ao protagonista. No mais, o tom sério combina muito melhor com a premissa da obra. No entanto, não é tão sério como o tom dado aos filmes e as OVAs, que comprovadamente são agradáveis. Portanto, acaba tendo uma certa originalidade, tendo em vista que também o mangá não é nem de perto tão cômico como a primeira versão para anime, mas ainda é bem mais cômico do que a nova versão.
A primeira adaptação visualmente hoje não parece nada de mais, mas na época que foi lançada estava acima da média, tanto que continua sendo bastante aceitável até os dias atuais. Destaque para as cenas de ação, que ainda conseguem me chamar mais atenção na versão anterior do que nesta de 2023. Com isso não estou dizendo que em relação à imagem a versão atual seja ruim, de forma alguma, pois deu uma boa repaginada que se fazia necessária, e melhorou algumas coisas como cores, sombras e detalhamentos. Apenas não está tão primorosa para conseguir impressionar tanto como a primeira versão quando foi lançada, sendo meramente suficientemente boa para ser admissível e para ser parcialmente justificável.
Um rurouni é um samurai que não tem mais um mestre, uma pessoa que não tem um sentido para a sua existência, é um andarilho que se move como as ondas do mar. Há uma profundidade nos personagens desse anime por serem pessoas que faziam parte da classe samurai, a qual nessa época retratada na obra deixava de existir do dia para a noite com o fim do xogunato e com a devolução dos poderes ao imperador após cerca de 700 anos. Todos os integrantes da casta samurai passaram a não ter rumo e a entrarem em uma crise coletiva de identidade, tendo em vista que o imperador impôs o fim do feudalismo no Japão. Pegar um ronin que já seria naturalmente uma pessoa sem rumo, para simbolizar esse dilema de toda uma classe, fazendo dessa trama uma jornada de encontro de um novo caminho em uma era de paz, é uma ideia acertadíssima. Ainda mais quando o ronin em questão parte em defesa dos valores e das virtudes dos samurais, enquanto carrega pesares, ressentimentos, arrependimentos, mesmo após o fim de sua era. Basicamente é uma jornada existencial representada por um ronin que somente por ser um ronin já seria temido, mas que era especialmente respeitado, por ser um retalhador, alguém extremamente forte e também um herói que teve a sua responsabilidade pelo fim do regime anterior. Fato que ironicamente acabou com a sua casta. O protagonista nessa jornada também confronta a decadência da sua classe e enfrenta outros samurais fortemente habilidosos que buscam outros caminhos. A história fica mais rica quando se pensa que de fato existiu um samurai de verdade que inspirou tal personagem.
O ponto mais forte dessa obra sempre foram os dramas com partes de heroísmo, de moral e de romance, tudo em um ambiente histórico. A comédia tem destaque, mas acaba sendo um alívio complementar para uma mensagem profunda, reflexiva, poética e triste. Logo, um tom mais sério é melhor para ressaltar tais coisas e tornar a trama mais verossímil. Por isso, se essa versão continuar assim e adaptar tudo, será a definitiva e superior à primeira. Dando um bom motivo para quem já conhecia esse trabalho a acompanhar essa nova versão. Já para quem não conhecia, sugiro que se livre de preconceitos por ser um remake de um anime antigo, posto que está sendo uma ótima adaptação que vale muito ser assistida. No mais, a tendência é só aumentar cada vez mais a sua popularidade, sendo já o quinto anime mais comentado da temporada e não me surpreenderia em nada se terminasse como o mais popular dela.
Helck — Os desenhos de personagens não são dos mais agradáveis, e o mundo é muito fantasioso e meio genérico. Dito esses desagrados, é um dos melhores animes para ser acompanhado dessa temporada, pois essa trama pega uma premissa cativante e a desenvolve bem, com um ótimo viés cômico e usando de bons personagens. Quase que eu não começava a assistir esse anime por preconceito, mas eu teria perdido uma ótima diversão.
Dekiru Neko wa Kyou mo Yuuutsu — O anime tem muita computação gráfica, mas é tão bem feita que sem dúvidas pelo menos visualmente é um dos melhores animes da temporada. A obra sabe que está dando um espetáculo nesse quesito, logo explora bastante os cenários, enquadramentos e efeitos. Nessa parte visual já era o esperado por conta do trailer e esses primeiros episódios só confirmaram esse primor. O que estava realmente me deixando inseguro era se uma história com uma proposta de antropomorfismo e vida cotidiana teria algo interessante a ser mostrado. Surpreendentemente, a trama é ótima, bem mais do que a melhor das minhas expectativas. Estão bem conectadas as sucessões de acontecimentos; os personagens são carismáticos; as interações entre eles são bem cômicas; o anime tem mensagens críticas; e existe um pouco de drama no passado dos personagens. Não é um anime nota dez, mas é uma obra que merece muito ser assistida e vale a indicação.
Kanojo, Okarishimasu 3rd Season — Por enquanto só vem confirmando o que eu havia dito esperar dessa temporada. O arco dramático, o melhor da história, só deve ser apresentado nos três últimos episódios dessa temporada. Nesse início a melhor coisa é a aparição da Mini, personagem carismática que fica tentando fazer andar a relação dos protagonistas. No mais, gosto da adaptação para anime, agradeço pela sua existência, mas não espero coisa diferente para essa temporada do que aconteceu nas outras, no sentido de muitos cortes, muitas mudanças, muita coisa acelerada. Como sempre digo, o anime é top, mas o mangá é incomparavelmente melhor.
Lv1 Maou to One Room Yuusha — Foi inesperado ver que tem uma média de notas tão baixa no MAL, com isso não estou dizendo que é um suprassumo da temporada, mas que para ser justo merecia pelo menos mais um ponto na média geral. Posto que conforme a sua proposta, o anime é bem funcional; também é gostoso de assistir no sentido que sempre mantém o interesse; além disso, diverte bastante, pois a comédia é boa, indo além da sátira da premissa e contendo coisas inusitadas. Dito isso, em nada me frustrou e me agradou mais do que achei que agradaria, porém não foi muito superior ao que eu imaginava antes de começar a temporada. O que menos me agradou continua sendo a premissa de mundo que eu já olhava torto antes de ver o anime, mas isso é compensado por uma trama bem desenvolvida.
Mushoku Tensei II: Isekai Ittara Honki Dasu — Entendo e não condeno cortes no arco da escola de magia, pois é um arco muito longo, cheio de diálogos e bastante parado. No entanto, antes do arco propriamente da escola de magia, tem um excelente mini arco nesse início de temporada, que apesar de eu ter gostado, infelizmente preciso dizer que poderia ser melhor. Posto que o novo diretor não está sabendo tirar todo o potencial da obra, cortando e mudando coisas que não deveria. Esse anime tem um material original que desenvolve absolutamente tudo, que é bastante minucioso, e uma boa direção precisa saber oferecer o ritmo mais adequado nos momentos certos, com algumas mudanças somente no sentido de complementar. Outra coisa que estão falando é com relação ao primor de detalhamento nas imagens, comparando com o que havia nas temporadas anteriores e que não está sendo mantido na atual. Confesso que só senti uma leve mudança nesse sentido, logo ainda é uma produção muito acima da média, da qual espero que estejam economizando para que em momentos de clímax possam dar maior capricho.
Masamune-kun no Revenge R — O “gordo” continua sendo a coisa que mais odeio nessa obra, mas as revelações dão reviravoltas que tornam tudo muito mais agradável de ser assistido. Já sabia de algumas dessas revelações, mas não de todas e me surpreenderam terem colocado algo desse tipo em todos os três primeiros episódios, coisas até que só esperava que aparecessem no final da temporada. Esses elementos se encaixam de uma forma que é preciso reconhecer o ótimo trabalho de escrita do autor. As revelações também acabam com certos incômodos e nos fazem gostar mais de alguns personagens. A única coisa que não ficou muito legal nesse início de temporada foi a introdução da francesa, que entendo a função dela de trazer um alívio cômico, de prolongar mais a trama, mas a personagem sobra na história e não se encaixa bem.
1. Origem do anime ser um jogo e a motivação de existir ser a divulgação do mesmo.
Pelo tom usado com intuito claramente pejorativo, essas colocações realizadas pelo Alexandre da origem foram feitas de modo desnecessário, formando um argumento duplamente falacioso. Para ser mais especifico, são duas falácias genéticas que consiste em aprovar ou desaprovar algo baseando-se unicamente em sua origem.
Pelo o anime ter como fonte original um jogo isso faz dele necessariamente algo ruim? Fazer um anime com a motivação de promover um jogo (para ganhar dinheiro) atingindo mais público, vai fazer dele necessariamente algo ruim? Acaso o Alexandre faz conteúdo na internet para arrecadar dinheiro e mandar para instituições carentes na África sem que ninguém saiba? Se eu estiver equivocado e o Alexandre for uma alma desapegada a bens materiais, uma pessoa caridosa, avisem que enviarei o número de minha conta bancária para receber muitos dólares de doação, porque morar no Brasil não está fácil.
Todo mundo sabe que a patrulha do politicamente correto odeia que empresas que produzam algo possam estar cometendo o “sacrilégio” de ganhar dinheiro em troca dos seus bons serviços prestados.
2. Muito seca a morte da mãe do protagonista.
Eu concordo que não existe um melodrama intenso nessa morte, o protagonista não cai de forma amargorosa, desesperadamente choroso, mas nem poderia pela a situação já terrível que ele se encontrava e porque não iria condizer com a proposta do anime. No entanto, isso não significa que não houve um toque dramático, que não foi trabalhada a relação de afeto entre os personagens, para daí alguém estapafurdiamente afirmar que foi uma morte muito seca (não sentida). Quando na verdade a raiva, a angustia, a humilhação, a incapacidade, a frustação, os gestos cabisbaixos muitas vezes expressão melhor a tristeza do que excessos de lagrimas.
O primeiro episódio é um dos melhores, quiçá o melhor, e um dos grandes motivos para isso é justamente o drama com todos os problemas que esse incidente traz ao protagonista, dando uma perspectiva ao público de muito conteúdo na obra. É uma morte totalmente inesperada, fugaz, vítima da violência urbana, com duras e ótimas críticas ao sistema de saúde, ao sistema onde pessoas sem moral só visam o dinheiro e não dão outros valores a vida. Várias dessas mensagens são passadas nas partes: de negligencia do resgate por falta de ter um plano de saúde; no médico que trata as pessoas menos favorecidas aparecer vestido de açougueiro; nas condições da instalação hospitalar; no tratamento vendido de uma “boa recuperação” para arrancar todos os recursos e oferecer ao garoto logo em seguida a notícia do falecimento da mãe. Entendo quem argumente que seria melhor trabalhar isso em dois episódios para a situação ficar ainda mais dramática, apesar de que eu não concorde, posto que o ritmo ficaria muito lento e não causaria o imprescindível impacto inicial que os primeiros minutos da obra precisavam oferecer. O que eu não entendo é alguém ter a ousadia de fazer um vídeo dizendo que essa obra é vazia, que é sem mensagens, que é sem conteúdo, que não quer dizer nada, quando desde os primeiros momentos e a todo instante grita o contrário.
Aproveitando o gancho, ainda dentro do primeiro episódio, vale destacar a mensagem que o anime passa sobre o preconceito que o David sofre, bullying escolar. Sendo perseguido, agredido, ameaçado, para forçá-lo a sair da acadêmia, em virtude que colegas abastados não aceitam a presença de alguém que não fosse da mesma classe social frequentando seus mesmos ambientes. Uma obvia crítica social a um dos temas mais recorrentes nesse gênero que é a desigualdade social com um toque da vertente de segregação.
3. Depois do episódio seis o anime começa a parecer querer trabalhar personagens para dar uma lição de moral, o que não parece uma boa decisão porque não estruturava isso.
Não discuto sobre a existência de uma mudança na história e na estrutura da trama, todavia discordo profundamente que o anime não vinha antes trabalhando os personagens, e que só a parti daquele momento passou a desenvolver “uma lição de moral”. O que temos é um salto no tempo e passamos da ótica do protagonista fragilizado tentando encontrar seu espaço no mundo, para alguém forte que assumia responsabilidades sobre outros, tomando o papel de liderança e se deparando com outros problemas. Logo, o anime precisava retrabalhar o David (protagonista) devido as transformações que sofreu, mas isso não quer dizer que o personagem não era trabalhado. Também se aprofunda no passado da Lucy (coprotagonista), porém todos os demais personagens continuaram na mesma, a não ser pelo o número reduzido de secundários favorecer a maior interação e o maior destaque dos que sobraram.
Os quatro últimos episódios têm menos tempo de tela que os seis primeiros, e usam muito do que lhes tem com cenas de ação, então não posso nem dizer que houve maior foco no desenvolvimento dos personagens com coisas cotidianas. O que de fato houve foi uma mudança de perspectiva, se antes era preciso apresentar personagens, agora é preciso explorá-los, com seus amadurecimentos e dificuldades.
O Alexandre quando fala de personagens afirma ser principalmente do David, e de fato eu tenho críticas negativas em alguns pontos ao trabalho que foi dado a esse personagem, sobretudo depois da passagem de tempo, mas são pontos totalmente diferentes dos dadas por ele. Posto que o Alexandre absurdamente acredita que o anime quer abordar a temática de drogas e que a lição e a moral que foi construída é sobre isso. Digamos ainda assim que fosse sobre isso, mas desde o início o anime fala sobre as drogas levando a loucura os cyberpunks e não somente a partir da virada para afirmar que não foi estruturado, que não foi trabalhado. Também nenhuma lição de moral foi tentada tirar disso, existe uma diferença entre um elemento narrativo de uma abordagem temática.
Em contraste o que me desagrada no protagonista, é dele trocar partes orgânicas do corpo por partes mecânicas de uma forma que acredito que ninguém faria isso. Uma coisa é alguém perder um membro e substituí-lo por algo mecânico, outra coisa é alguém substituir todo o corpo por partes mecânicas sem ser obrigado. O seu primeiro implante ok, foi justificado no anime e nem substituiu nada em seu no corpo, mas o restante dos implantes não teve o mesmo tratamento narrativo. Não gosto desse conceito de substituição, pois me parece incoerente, me faz perder a empatia pelo personagem, não consigo me ver nele e o leva ao Vale da Estranheza.
O que eu vejo de pior na obra são esses pontos que levantei do protagonista, é o motivo de eu não oferecer uma nota dez, mas não um cinco como Alexandre Esteves e sim com justiça dar pelo menos uma nota nove. Visto que a obra não deixa de ser divertida por conta disso, não deixa de ser extravagante, não deixa de ser espontânea. O anime também nunca se propôs a ser extremamente complexo, mas tão pouco se propôs a ser algo bem simples ao nível que um incauto conseguisse ter a capacidade de entender e apreciar.
4. Os quatros últimos episódios, não acrescentaram nada, o anime continuou vazio.
Os últimos episódio tem um maior desenvolvimento de mundo, isso é muito importante para termos um maior entendimento de como funcionava aquela sociedade e assim dando ao anime a possibilidade de fazer uma crítica ao sistema. Parte dessa crítica é clássica porque é inerente ao gênero ser anti-sistémico, porém ganha contornos mais próprios pelos os governantes desse mundo serem duas corporações tecnológicas rivais que tentam se destruir de todas as formas. O futuro distópico em Cyberpunk não é fruto de uma guerra ou do controle direto de maus governos, mas do monopólio do capital financeiro de uma sociedade extremamente materialista, hedonista e em vias de superar a humanidade. O que nos traz algo atual, diferente de vários outros do gênero que foram criados em épocas vividas sobre o medo de guerra nuclear e regimes totalitários. Ainda dentro dessa critica com a ampliação que os últimos episódios nos oferecem é possível também entender como essas empresas controlam tudo e todos, se aproveitando das pessoas e as usando de forma sórdidas para seguir seus próprios propósitos.
Outro ponto que a segunda parte aborda acrescentando a primeira de modo a se fazer necessária, é elevando o conceito filosófico de transgressão corporal visto principalmente no David. O qual tem ampliadas as suas capacidades de transgredir regras ao substituir partes do corpo por melhoramentos tecnológicos, fazendo uma crítica de até onde a humanidade seria capaz de acompanhar as maquinas e de se manter no controle, mesmo com alguém que seja especial.
O principal ponto que a segunda parte se faz necessária é para desenvolver e dar os desfechos a temática central da obra. Ao contrário do que o Alexandre Esteves supôs a obra não fala sobre drogas, a mensagem central que está presente nos dilemas dos principais personagens e faz a trama andar é sobre propósitos (sobre sonhos), as coisas que movem as pessoas. Ou seja, o anime trata indiretamente de uma das perguntas filosóficas mais antigas. Qual é o motivo da vida? Por que eu existo? O anime também não busca oferecer uma resposta objetiva e impessoal para essa grande indagação e sim tratar das origens desses propósitos (sonhos). Logo no segundo episódio o anime mostra que o propósito da Lucy é ir para a lua, mas só no sétimo episódio com o passado dela revelado é que entendemos que a mesma foi criada para servir os propósitos (os sonhos) de outros (da companhia). Seus amigos perderam a vida pelos sonhos da companhia, diante disso a Lucy percebeu que aconteceria o mesmo com ela, e se indagou de que se vamos morrer por que não ir atrás dos nossos próprios sonhos. Então o propósito de ir a Lua da Lucy é o de ser livre para ter os seus próprios propósitos (sonhos). O que é um completo oposto do Davy que não tem um propósito próprio e seu propósito é o de fazer com que os sonhos dos outros sejam realizados, primeiro o da sua mãe, depois o do seu mentor, e em seguida da sua amada. Isso é profundo, é sublime, é fenomenal e faz uma referência ao clássico dos clássicos cyberpunk Ghost in the Shell, onde o casal de protagonista também são espelhos um do outro, são o inverso um do outro que se complementam como o Yin e o Yang.
É muito fascinante a Lucy refletir que perder a vida pelos sonhos dos outros não pode ser o motivo da vida, pois querer viver para morrer é contraditório, mas ao mesmo tempo ela só pode realizar isso com o David perdendo a vida dele pelo propósito dela. O David de certa forma aparecer na Lua no final, isso é mais do que uma referência, isso é mais do que uma parte romântica, porque o propósito do David era realizado no propósito dela, logo ele estava lá. Um último adendo, talvez o único sonho que seja realmente seu, seja o de buscar que exista o seu próprio sonho, o autor ter percebido isso e colocado na obra esse conceito me deixa tremendamente satisfeito. Foi genial! Arrebatador! Merece aplausos de pé!
Por fim nessa questão do porque da segunda parte se fazer necessária. Os demais personagens não têm um desenvolvimento significativo para sabermos exatamente qual a motivação deles além de ganhar dinheiro e acender socialmente. No entanto, é importante trabalharem as relações entre esses personagens para abordarem coisas que ponham em xeque conceitos como confiança, respeito, amizade, lealdade, tudo dentro de uma ótica individualista sem escrúpulos e extremamente materialistas dessa sociedade.
Antes de mais nada, não quero ditar como dever ser o público do Alexandre, mas uma coisa que sempre me inquietou muito é porque pessoas trocariam o bem mais preciso que elas têm que são os seus tempos de vida para assistir animes que elas não gostam, animes “ruins”. Por mais que o Alexandre deva odiar animes, deveria ter o mimo de bom senso para entender que as pessoas que acompanham animes não são tão idiotias de perderem tempos valiosos vendo coisas que não querem. Logo, ficar hateando o próprio produto que vende não é uma coisa inteligente, e muitos são os canais que foram por esse caninho que morreram por motivos obvies.
Argumentos do Alexandre: 1 – Drama “extremante forçado” da Marin no primeiro episódio.
Primeiramente, o Alexandre é o rei dos exageros, tudo para ele é sempre extremado, é sempre um absurdo (essas palavras são maneirismos na boca dele), é o mesmo argumento genérico que ele usa para tudo. Convenhamos também que está reclamando de reações extremadas de personagens de uma obra ficcional animada de comédia romântica. Reparem que é um ANIME que traz reações com caras e bocas características típicas desse tipo de proposta, e que tem efeitos consagrados nessa arte. Outra, não existe nenhuma incorrência em relação a reações da Marin com o seu universo que venha a quebrar a verossimilhança. A real contradição que existe é do Alexandre Esteves fazer uma crítica sobre extremos quando todas as suas críticas são extremadas e quando muitos dos seus animes de comédia favoritos tem essas mesmas coisas.
Pergunto-me se o Alexandre já teve uma experiência em costurar e em fazer cosplay ele mesmo para dizer que a reação da Marin não é nada sutil, que é desesperadora. Eu já tive essa experiência, não é fácil costurar, não é fácil encontrar alguém bom em fazer cospaly, não é fácil fazer um cosplay mesmo com ajuda de um profissional, não é barata a ajuda de um profissional e mesmo com essa ajuda fazer um cosplay de verdade que não pareça uma caricatura é dificílimo.
O valor das coisas é subjetivo, há coisas para algumas pessoas que são extremante sem importância e essas mesmas coisas para outras são extremante valiosas. É justamente sobre isso que o anime fala ao trazer a história sobre o amor de Gojou pelas bonecas e da Marin pelos cosplays. Eles admiram certas coisas, se dedicaram e entregam os sues coações para essas coisas. Quando alguém entende isso, juntando o fato das dificuldades da Marin, a reação dela parece muito natural. Já a fala do Alexandre demonstra não só que não entendeu a própria essência da mensagem do anime, como ao não entender a reação da Marin se assemelhou ao comportamento da menina que desprezou o Gojou e o odiou simplesmente por ele amar bonecas. O mais irônico disso é que o anime para ressaltar a mensagem jogou um flashback e o Alexandre ainda assim não a entendeu e se queixou.
Por último nessa questão gostaria de saber quais foram os estudos sobre comportamento das pessoas e se Alexandre tem um diploma de psicologia para afirmara categoricamente que esses comportamentos são forçados. Entendam cada pessoas reage de uma forma diferente a cada situação e não existia nada preestabelecido nessa obra que fizesse o comportamento da personagem parecer forçado.
2 – Marin usar biquini no segundo episódio.
De antemão nesse primeiro momento não vou discutir se o anime deu muito ou pouco tempo para a cena da Marin de biquini, mas só para colocar as coisas nos devidos eixos sem exageros vou fazer um conta simples. A personagem começa a desabotoar a camisa com 10 minutos e 34 segundos do episódio, com 20 minutos e 30 segundos está completamente vestida, ou seja, 9 minutos e 56 segundos depois. O episódio tem 23 minutos e 40 segundos, mesmo tirando a abertura e o encerramento essa parte tem menos da metade do episódio e não o episódio inteiro com afirmado no vídeo pelo o Alexandre para os que não se lembram.
Sobre o protagonista ser “inseguro, tímido e não conseguir se comunicar direito com a Marin”. De fato, ele é tímido, inseguro por ser inexperiência, tem dificuldade de se comunicar com outros colegas, mas discordo de não conseguir se comunicar com a Marin. Entendam que também não é porque o protagonista é inexperiente, não é porque é tímido, não é porque é introvertido, ele é tudo isso, contudo o que é trabalhado nesta parte são outros pontos. Vejam que a Marin é alguém que o Gojou não tinha intimidade, que está confiando nele como um profissional, as vezes ela até brinca quando perceber o constrangimento dele, mas é confiando na integridade do rapaz. Logo a timidez não é o foco, mas é um acréscimo de tensão, porque o verdadeiro dilema trabalhado é o protagonista ter que agir de forma profissional mesmo que a situação crie tensões sexuais, demostrando ser esse o propósito dos ângulos sugestivos. Somem a isso a pressão por ser uma oportunidade ímpar dada por alguém que além de ter confiado nele o tirou de um isolamento, gerando certamente gratidão e respeito. Certas profissões passam constantemente por situações que criam tensões sexuais e o que é trabalhado no anime é o auto controle do costureiro e da relação de confiança necessária que isso exige, (coisas diretamente ligadas a proposta de criar de criar copslays), além dos aspectos morais trabalhados do Gojou em não se aproveitar da menina.
O Alexandre disse que “não teria problema com esse tipo de coisa (ecchi) se o anime fosse sobre sensualidade, sobre excitação a flor da pele na adolescência, sobre como ela (Marin) é muito safada, mas ele (Gojou) não sabe lidar com isso”. O Gojou sabe lidar com isso e Marin é santinha? É errado limitar a apensas três temas, e mais, todo romance por natureza por mais planctónico que seja dentro da proposta precisa gerar algum grau de sensualidade, para fins de narrativa e de agradar ao público. Ou alguém que vai ver um romance de adolescentes está esperando algo diferente? É como pedir para um anime de comédia não ter comédia, ou um anime de terror não ter terror e como já foi visto no primeiro tópico o Alexandre não sabe sobre o que o anime fala, qual é a mensagem do anime, muito menos sobre a mensagem dessa cena. Vai ver que o Alexandre acha que o anime é de guerra é quer ver baratas espaciais.
Mas de fato existe um segundo plano de intensões nessa parte onde o anime aproveitou para gerar cenas fofas, cômicas e iniciar uma germinação de forma orgânica de um romance. Mesmo porque achar que situações constrangedoras assim não existem independente de timidez é ser um ingênuo, e achar que não podem ser aproveitadas e retratadas é ser censurador. É preciso dar uma liberdade poética a ficção, só não acredito que o protagonista poderia agir diferentemente caindo com tudo em cima da menina, pois nesse caso seria uma atitude improvável, antiética, com desfecho negativo e seria uma cena idiota.
Ter dez minutos de cena de biquini é um fanservice ruim e apelativo? Não é jogado, não é incoerente, tem sentido narrativo, é orgânico, podia ter uma hora de ecchi assim e pesado que eu não reclamaria. Contudo, inúmeros animes tem episódio inteiros de praia com um monte de garotas bonitas só de biquinis que não tem vergonha por estarem assim e dentro os quais alguns o Alexandre oferece boas notas. Digo mais, a maioria dos animes que tem episódios de praia só são para mostrarem as meninas de biquini por ângulos diferente, já em Sono Bisque a cena de biquini foi orgânica e teve contexto narrativo.
Sendo bem honesto com quem gosta de ecchi, se for assistir esse anime com intenção maliciosa vai se decepcionar profundamente. Essa cena falsamente polemizada do episódio 2 com intuito de ganhar visualizações é muito mais para passar constrangimento do protagonista do que exalar sensualidade, a única cena que realmente tem alguma coisa apimentada nessa temporada é pequena e só ocorre no episódio 11. Pelo menos essa do episódio 11 demonstra que o romance está se desenvolvendo e aparenta que não vai ficar num platonismo infinito.
A verdadeira malicia está nos corações podres e pervertidos dos lacradores. Minha opinião do porque alguns odeiam esse anime, é porque precisam manter as aparências, e provavelmente esconderem por trás do falso moralismo contra peitos e bundas uma misoginia oriunda de motivos escusos.
3 – Gojou ser extremamente irritantemente tímido e introvertido.
Primeiramente, devo registrar que o Alexandre cometeu um ato falho no vídeo, ele quis dizer introvertido e falou extrovertido, mas eu entendi que ele queria dizer introvertido. Podem conferir no vídeo no tempo 3:51 e 4:08.
Parte das críticas nesse ponto é a mesma que já foi discutida no ponto um, reações ditas por Alexandre como extremadas. São atitudes e caras e bocas que são consagradas em animes, que estão de conformidade com a narrativa, que são típicas desse tipo de proposta, e que produzem efeito emocional e prazerosas no público. A única diferença é que ele em vez de falar da de Marim, falou das do Gojou, por tanto não vou me delongar nos mesmos argumentos. Acrescentar apenas que varias das expressões e reações do Gojou se dão em momentos que ele está refletindo consigo mesmo sobre a situação, não são sempre reações que interagem diretamente com outros personagens.
O protagonista é pouco tímido. Por que? Vejam que a maior parte do temor do protagonista em falar com outros não é bem uma insegurança de falar, ele sabe se comunicar quando quer, mas é por acreditar que não tenham interesses incomum. E dizer que é tímido porque não saiu rebocando a Marin para cama, achar isso é não ter o mínimo de bom senso, ele não é um tarado e não é assim que essas coisas acontecem. Principalmente nesse mundo dele e entre adolescentes, isso é o Japão, não é o beco onde as meninas com 11 anos já estão fazendo programa. Outra quando a situação vai ficando difícil ele diz para garota e isso não me parece timidez. A questão que ele tem respeito, que tem profissionalismo, que não tem intimidade o suficiente e que tem moral. No mais se já fosse rolando sem uma problematização não teria uma história.
O protagonmista agindo de forma respeitosa, profissional e o Alexandre reclamando que o rapaz é extremamente irritantemente tímido, porque não queria tirar algumas medidas. Imaginem medir a distância entre os bicos dos seios sem tocar nos bicos. O Alexandre queria era que o protagonista fosse um tarado para poder lacrar em dobrado. Outra grande parte daquelas medidas a Marin poderia ter tirado sozinha, e só bastava que o Gojou respeitosamente não tivesse sugerido para Marin tirar essas medidas de outra forma que estariam lacrando contra o anime de todas as coisas possíveis. No mais só para constar, Gojou gaguejou pensando que Marin ficaria com roupas intimas e não de biquini.
Eu nunca fui tímido, pois desde de criança eu sempre tomei para mim que timidez era um pecado de danação, nunca tive problemas de sociabilizar, nunca tive problemas de paquerar com garotas, nunca tive problemas de falar em público, nunca tive vergonha alguma com namoradas. Também não sou japonês, não sou adolescente, nem sou virjão, contudo vamos fingir que eu fosse um tímido e virjão. Eu passaria a ser uma pessoa ruim por me identificar com o protagonista? Qual o problema nisso que Alexandre coloca no vídeo além do preconceito dele contra os tímidos e virjões?
Quanto a ser introvertido (alguém que tem uma preferência por ficar sozinha), isso só acontece no início, depois ele não demonstra ter problemas em estar com outras pessoas, como a Sajuna, a Shinju, a Marin que vão se juntando a trama. Como isso é ser extremamente introvertido ao ponto de se extremamente irritantemente? Só Alexandre saberá, porque lógica passou longe.
4 – Três minutos de vídeo demonstrado total intolerância e desprezo com ecchi.
Ninguém gosta de defender esse tipo de coisa, porque existe coerção moral e social sobre esse tema. Ninguém que ser taxado de o virjão que fica tocando bandeira, mesmo que não seja verdade e por isso o ecchi sofre tanta perseguição sem praticamente nenhuma reação. Mas, alguém tem que falar o que é preciso, porque se ninguém falar, hoje será o ecchi, amanhã serão os jogos com violência, depois serão as religiões e sabe lá onde isso vai parar.
Em primeiro lugar, não existe como objetivamente sem usar de juízo de valores dizer que as emoções de uma comédia, de um terror, de suspense, de um drama são mais valiosas que que as emoções produzidas por um ecchi. São todos estímulos sensórias que ativam hormônios e que produzem sensações cerebrais que podem oferecer algum grau de prazer.
Em segundo lugar, em todas as artes desde os primórdios da civilização sempre houve ecchi, basta ligar a tv, assistir um filme, ver uma série, ler um livro, portanto, não faz sentido esse falso puritanismos seleto e exacerbado contra animes. Até porque os animes se diferenciariam e ganharam a guerra contra a animação ocidental justamente por não ter amarras de preconceitos e por fazer animação para todas as idades e todos os públicos.
Dito isso, e como já argumentei nos tópicos anteriores sobre essas coisas, quase todas as cenas que contém ecchi desse anime tem algum propósito dentro de enredo, a maioria delas não são fanservices jogados e sem organicidade, independente se poderiam ser maiores ou menores em tempo de duração. Mesmo aquelas cenas que poderiam ser questionáveis as suas necessidades para a narrativa estão dentro de uma margem que me parecem tolerável. Já em relação a se tem propósitos que vá além do extremante relativo as mensagens do enredo, para mim se querem fazer uma comédia (como na cena da camisa desabotoando), ou se querem produzir algo mais sensualizado, ou se querem provocarem um susto, não me importa, porque não tenho com julgar isso sem ser subjetivo.
Lá por volta dos 6 minutos e 26 segundos de vídeo o Alexandre alega que o proposito do anime é só ser uma comédinha divertidinha e que não deveria ter ecchi. Primeiro que ele não entendeu a mensagem e a problematização do anime para saber qual é o propósito. Segundo que o anime tem comédia, mas não é esse o foco da obra e como prova nem se quer é classificado como comédia dentro do MAL. O gênero principal do anime é de romance, e sempre haverá sensualidade em romances. Terceiro, todas as suas cenas cômicas são em momentos de ecchi. Se tirar o ecchi que comédia divertida vai sobrar? Alexandre cagando regras para a arte e se contradizendo.
5 – Detonando Marin enquanto personagem.
Carisma é legal, mas não nesciamente um personagem com carismático é bom, por isso não defendo que um personagem é bom ou ruim pautado nisso. O que mais olho é utilidade dentro da trama, os diálogos, a consistência, a coerência, a capacidade de transmitir emoções, o desenvolvimento, e as camadas. Dimensões eu olho só em um segundo momento, porque isso valoriza a obra, contudo não é algo que sempre se faz necessário, depende muito da proposta.
Utilidade - Pode parecer estranho falar isso de um protagonista, mas há inúmeras obras que o enredo se dirige para uma direção que o protagonista sobra e ficam procurando coisas para dar motivo dele existir. Em nenhum momento que a personagem entrou em cena demostrou que seria esse o caso e nada do que foi desenvolvido nela pareceu ser sem um proposito.
Diálogos – Não vou dizer que todos os diálogos da personagem foram tratados filosóficos, nem que tiveram frases profundas para refletir. Mas ajudaram as pessoas a se identificarem com a personagem na medida que pareceram conversas que pessoas de carne e osso teriam por conta das suas sutilezas. Também não foram diálogos repetivos, longos, cansativos, feitos apenas para explicar coisas obvias, ou coisas ao leitor que os personagens já deveriam saber.
Consistência – Não houve nenhuma mudança na personagem, mas se houvesse teria que ser algo explicado para parecer natural.
A capacidade de transmitir emoções – Alguém pode confundir isso com carisma, mas veja eu posso odiar a personalidade do personagem e achar ele muito bom, talvez porque me fez chorar, ou me fez ter sustos, ou alguma outra emoção qualquer. Da mesma forma eu posso achar a personagem uma waifu, posso achar simpática e ela não me arrancar um sorriso. Nesse sentido eu julgo que a Marin foi bem aproveitada passando vários tipos de emoções.
Camadas – Não é somente avaliar se tem um passado, laços familiares e de amizade, coisas que vão se relevando durante os desdrobamentos da trama, mas é algo mais complexo que demanda um olhar mais apurado de profundade e são muito pontos a se considerar. Coisas com personalidade, quais são as motivações, se tem uma identidade própria, se tem autoconsciência, etc. As motivações da Marim são claras que é fazer cosplay; tem uma personalidade que é muito carismática; não é alguém sem consciência que esteja sendo manipulada; suas amigas são apresentadas ao protagonista; sua mãe foi revelada falecida; mora sozinha porque o pai vive distante por conta do trabalho. Se eu perguntar essas mesmas coisas sobre metade dos personagens favoritos do Alexandre simplesmente não existem respostas, logo a Marin é mais bem construída do que eles.
Desenvolvimento – O desenvolvimento da personagem tem ligação direta na relação dela com o protagonista. Houveram vários tipos de progresso nessa relação, então houve sim desenvolvimento.
Dimensionalidade – Quanto mais parecer humana, quanto mais falhas tiver, mais natural vai aparentar. Exemplo: quando a Marin não sabe fazer comida que preste, quando é mostrado que ele não sabe nadar. Não vou dizer que chega a ser tão complexa a construção para ser uma personagem tridimensional, mas é pelo menos é um bidimensional.
Depois dessas coisas que apontei como o Alexandre se atreve a dizer que era uma personagem sem núncias, sem trabalho, sem história, sem qualidades? Ah, mas não foi algo tão complexo e profundo? É a primeira temporada de um cour que a personagem dividia muita atenção com o protagonista, precisam ter paciência e não exigir mais do que é possível se oferecer no ritmo correto.
6 - Progressão do romance.
No tempo do vídeo dos 10:15 até 11:58 o Alexandre reclamação do romance progredir segundo ele: “tão repentino, tão abruptamente, de não ser tão natural, de não conseguir levar a sério”. Levam 5 episódios para ter esse progresso, somente no sexto é que a Marin consegue entender e admitir para ela mesma que começou a gostar do Gojou. Isso depois de muita aproximação dos dois com direito a várias cenas afetuosas, corando, cenas românticas e tensões sensuais. A descoberta foi depois de uma cena bem afetuoso no trem, talvez a mais afetuosa da temporada. Como isso é abruto? Não sei, essa é mais uma das respostas misteriosas que somente o Alexandre saberá. Mas a personagem poderia ter reagido de uma forma mais sutil quando caiu a ficha? Poderia, se a indenidade dela fosse outra.
Agora vem a pior parte, porque no tempo 11:58 em diante, não tendo passado um segundo se quer, ele reclama do exato oposto, que o romance não progride, que é lento. Essa é aquela hora que dar vontade de bater com a cabeça na parede e acreditar que não existe salvação para humanidade. O que Alexandre entende por romance? Eu não acho que ele acredite que seja o sentimento, a aproximação, os clímaces, porque isso progride muito. E tenho dificuldade de achar que ele acredite que seja o vamos ver, porque quando a coisa começa a ficar quente no episódio 11 ele odeia. O 11 foi o único episódio que vi mais de uma vez, eu vi três vezes, inclusive foi o primeiro episódio que assisti, um dos prinipais incentivos para ver o anime e teve a melhor cena dessa temporada.
7 – “O episódio de praia”.
Esse tópico é uma das poucas coisas que o Alexandre gostou. São 7 minutos do oitavo episódio, é uma parte que mostra uma praia, mas não é bem um episódio de praia porque não tem ninguém tomando banho, nem em trajes de banhos, o máximo que fazem é molhar os pés. A cena é um pássaro roubando a comida deles e o casal sentando na praia dividindo um sanduiche. Foi bonitinho, é fofinho, é legalzinho, trabalha a relação do casal, mas não desenvolveu nada na história, é uma cena altamente pulável que existe só para ter a parte de praia. Não tem nada de diferente nessa cena para ser uma história. Será que o motivo dele ter dito que havia gostado não foi para dar mais uma lacrada com uma fake praia? Por fim, ao mesmo tempo que o Alexandre reclama de romance lento e enrolação diz que gostaria que todo anime fosse como nessa cena. Poderia ser mais incoerente?
Minhas considerações:
O que realmente me pegou nesse anime foram os dramas, e não é porque são pesados, mas porque tem conteúdo, são trabalhados progressivamente e há desenvolvimento de superação deles. Todos os personagens tem dramas e todos esses têm ligação com a mensagem central da trama, há uma coesão problemática e conectada diretamente dentro do enredo. O fato de alguns probelmas parecerem pequenos na verdade também faz parte da mensagem de valor, o que me deixa mais fascinado pela inteligente jogada do autor.
OBS: Se ao clicar em show não aparecer nada de imediato espera um pouco, suba e desça a tela que ajuda a logo aparecer, porque tem muitas coisas nessa mensagem.
Seleção das melhores aberturas que já assisti de todos os tempos:
Quais são os seus enceramentos? Melhores encerramentos:
colocaria aqui também o encerramento especial do episódio 10, mas não achei nenhum vídeo no youtube com ele. https://www.anitube.site/909063/
Cortaram a parte que a tela fica escura e sobem as letras dos créditos que adoro, mas foi o vídeo que achei.
É um encerramento especial que tem no último episódio, começa quando a música passa a tocar e depois vem cenas pós-créditos. Não achei nenhum vídeo que fizesse o recorte, então está aí o episodio completo. https://www.anitube.site/22068/
Antes de começar a temporada estava com altas expectativas, mas com certo receio. Agora tenho a certeza que é um dez e a minha única dúvida é só se o coloco no meu top. A autora está de parabéns, fez muitíssimo jus ao seu nome, estejam preparados para se emocionar e não vou falar mais nada porque não quero dar spoiler.
Zombieland Saga: Revenge 9
8 / 12
Não tem um único episódio que não façam um esplêndido trabalho de desenvolvimento de personagem. A narrativa está perfeitamente encaixada, o ritmo, a direção, é tudo nesse anime espetacular. A primeira temporada tinha sido muito boa, mas essa é absurdamente boa, é incrível. Mas ainda tem gente com cérebro menor do que uma ervilha que vai reclamar do anime só por conta do CG.
Hige wo Soru. Soshite Joshikousei wo Hirou 8
9 / 13
Foi bem melhor do que achei que seria, alguns episódios são dignos de um dez, por isso oferecer uma média oito pode ser até uma injustiça.
Algumas coisas interessantes: provavelmente vai adaptar todo o mangá nessa temporada; algumas cenas ficaram melhores no mangá; esperava um pouco mais de luxúria na obra, ainda assim não pareceu lenta ou tediosa pela falta disso; não foi tão polêmico quanto a premissa dava a entender que poderia ser; algumas cenas não tiveram bons cenário, principalmente as que tem 3D; o enredo é muito novelesco e fechadinho, logo talvez ficasse muito bom como dorama; para justificar certas reações o anime quase rompe com a suspensão a descrença; e por fim não gostei da análise do Marco sobre esse anime.
Isekai Maou to Shoukan Shoujo no Dorei Majutsu Ω 8
8 / 10
Houve uma diminuição no tempo de tela das coisas libidinosas e mesmo o que passou teve um aumento na censura em relação a primeira temporada. No entanto está conseguindo ser tão interessante que é melhor do que a primeira temporada e uma das coisas mais fáceis de assistir desta temporada.
Osananajimi ga Zettai ni Makenai Love Comedy 6
8 / 12
O segundo episódio foi tão maravilhoso que daria um dez para esse anime se tivesse acabado ali, porém do terceiro episódio em diante desfez toda a ótima impressão. Até o momento foi descendo uma escada, cada episódio que passava eu abaixava um pouco da minha nota, com exceção desse oitavo (último que assisti) que foi bom e melhorou um pouco a minha impressão.
Pela a abertura e por alguns acontecimentos do anime a tendência é o protagonista ficar com a lourinha de cabelos curto (Shida, Kuroha). Por mim ele poderia ficar com qualquer uma das personagens do anime menos com essa, a menina é detestável demais, e se o fim for esse mesmo será terrível. A minha favorita é a morena de cabelos comprido (Kachi, Shirokusa), mas também gostaria que ele ficasse com a peituda (Asagi, Rena).
Ijiranaide, Nagatoro-san 4
8 / 12
Quanta decepção! Foi vendido como o anime do bullying pesadão, mas quem falou que esse anime tem bullying não sabe o que é bullying.
O anime é uma comédia romântica pré-adolescente com um protagonista vergonha alheia. É uma obra maçante, é vazia, dar desanimo em continuar assistindo, todavia pelo menos a narrativa está evoluindo e depois de vários episódios ganhamos uma certa tolerância. Tem alguns momentos que a comédia funciona, mas a dinâmica repetitiva faz que até a Nagatoro se torne chata. Já o romance é semi-platônico, contudo, não chega a parecer inverídico, e a esperança (bastante improvável) é em ver se deixa de ser platônico, possivelmente é a única coisa que mantém alguém assistindo.
O que esperar da próxima temporada? (Summer 2021)
✴ Este ano nós tivemos uma ótima primeira temporada como a muito anos não temos uma temporada tão boa, seguida de uma segunda temporada escassa de bons títulos, e essa terceira que promete ser a pior em muito anos. Eu estou achando tudo tão ruim, que não estão merecendo nem comentar para dizer o porque acho que são ruins.
Tensei shitara Slime Datta Ken 2nd Season Part 2
A primeira temporada não foi lá grande coisa, mas a segunda foi supreendentemente melhor e espero que continue assim nessa segunda parte.
Otome Game no Hametsu Flag shika Nai Akuyaku Reijou ni Tensei shiteshimatta... X
Estou completamente desmotivado em assistir isso, porque acho que a primeira temporada já rendeu o que tinha que render e agora a tendência é ficar repetitivo sem evolução no romance. Vou dar uma chance se passarem o feedback que estou errado.
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https://www.youtube.com/watch?v=ySJw93TOuk8
https://www.youtube.com/watch?v=vI9YnktoPoI
Seleção das melhores aberturas que já assisti de todos os tempos:
Quais são as suas?
Melhores encerramentos:
Mais algumas aberturas que curto muito:
O que você achou de melhor em 86? Estou pensando em assistir.
O que esperar da próxima temporada? (Summer 2021)